ATLÉTICO

Atlético amarga pior marca ofensiva em mais de 30 anos

Atlético marcou 95 gols na somatória de 73 jogos e teve média de 1,30 bolas na rede por partida, a pior do clube desde 1993

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Se a temporada do Atlético esteve outra vez abaixo das expectativas, um dos fatores que ajudam a explicar isso é o baixo número de bolas na rede produzido pela equipe alvinegra. Com ataque pouco inspirado, o Galo amargou sua pior marca ofensiva em mais de 30 anos.

Em 2025, o Atlético marcou 95 gols na somatória dos 73 jogos que disputou. O clube conquistou o Campeonato Mineiro pelo sexto ano seguido, mas decepcionou ao cair nas quartas de final da Copa do Brasil diante do arquirrival Cruzeiro e perder a final da Copa Sul-Americana para o Lanús, da Argentina.

O desempenho ao longo da Série A do Campeonato Brasileiro foi marcado pela irregularidade. No fim das contas, o Galo registrou seu pior ataque na história dos pontos corridos, tendo balançado as redes adversárias somente 43 vezes em 38 partidas.

Os números ofensivos do Atlético por competição em 2025

  • Campeonato Mineiro: 17 gols em 12 jogos
  • Copa do Brasil: 13 gols em 8 jogos
  • Campeonato Brasileiro: 43 gols em 38 jogos
  • Copa Sul-Americana: 22 gols em 15 jogos

No fim das contas, a média de gols por partida do Atlético em 2025 foi de 1,30. Este é o pior número registrado pelo clube em mais de 30 anos.

Na análise das últimas décadas, o Galo só teve número inferior ao da temporada recém-findada em 1993. Naquele ano, o time alvinegro somou apenas 45 gols em 40 jogos (média de 1,13).

Em 1993, o Atlético ficou com o terceiro lugar do Campeonato Mineiro e foi o lanterna do Grupo B do Campeonato Brasileiro, com apenas quatro pontos em 14 jogos. Além disso, alcançou as semifinais da Copa Conmebol e perdeu a final da Copa Ouro para o Boca Juniors, da Argentina.

As médias de gols do Atlético por temporada*

  • 1993: 1,13 (45 gols em 40 jogos)
  • 1994: 1,46 (82 gols em 56 jogos)
  • 1995: 1,90 (112 gols em 59 jogos)
  • 1996: 1,84 (123 gols em 67 jogos)
  • 1997: 1,67 (112 gols em 67 jogos)
  • 1998: 1,84 (105 gols em 57 jogos)
  • 1999: 1,91 (107 gols em 56 jogos)
  • 2000: 1,50 (108 gols em 72 jogos)
  • 2001: 1,93 (114 gols em 59 jogos)
  • 2002: 1,72 (105 gols em 61 jogos)
  • 2003: 1,81 (123 gols em 68 jogos)
  • 2004: 1,57 (108 gols em 69 jogos)
  • 2005: 1,53 (95 gols em 62 jogos)
  • 2006: 1,76 (102 gols em 58 jogos)
  • 2007: 1,63 (98 gols em 60 jogos)
  • 2008: 1,47 (91 gols em 62 jogos)
  • 2009: 1,68 (104 gols em 62 jogos)
  • 2010: 1,72 (117 gols em 68 jogos)
  • 2011: 1,73 (102 gols em 59 jogos)
  • 2012: 1,86 (106 gols em 57 jogos)
  • 2013: 1,79 (127 gols em 71 jogos)
  • 2014: 1,46 (104 gols em 71 jogos)
  • 2015: 1,59 (100 gols em 63 jogos)
  • 2016: 1,62 (120 gols em 74 jogos)
  • 2017: 1,58 (112 gols em 71 jogos)
  • 2018: 1,41 (90 gols em 64 jogos)
  • 2019: 1,42 (108 gols em 76 jogos)
  • 2020: 1,68 (96 gols em 57 jogos)
  • 2021: 1,81 (136 gols em 75 jogos)
  • 2022: 1,46 (98 gols em 67 jogos)
  • 2023: 1,39 (92 gols em 66 jogos)
  • 2024: 1,41 (103 gols em 73 jogos)
  • 2025: 1,30 (95 gols em 73 jogos)

*Os números são do portal oGol, especializado em dados no futebol. O levantamento só toma partidas oficiais em consideração, sem contar com amistosos.

Nem mesmo em 2005, quando foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro pela única vez, o Atlético teve média de gols tão baixa como a de 2025. Naquele ano, o Galo marcou os mesmos 95 gols, mas em 62 partidas ao longo da temporada.

Hulk “carrega”, e companheiros decepcionam

Se Paulinho, hoje jogador do Palmeiras, foi um concorrente forte para Hulk no ranking de artilheiros do Atlético nos anos de 2023 e 2024, o cenário voltou a ficar “confortável” para o paraibano nesta briga em 2025. Mesmo em uma temporada abaixo das expectativas em termos técnicos, o atacante contribuiu para o Galo com 21 gols em 63 jogos.

O vice-artilheiro do clube neste ano foi o atacante Rony, contratado junto ao Palmeiras em fevereiro. A maioria dos gols marcados pelo paraense, de toda forma, ocorreram no primeiro semestre, quando o nível de enfrentamento dos confrontos era menor. O atacante argentino Cuello fechou este “pódio”.

Os artilheiros do Atlético em 2025

  • 1º – Hulk: 21 gols em 63 jogos
  • 2º – Rony: 13 gols em 62 jogos
  • 3º – Tomás Cuello: 6 gols em 41 jogos
  • 4º – Bernard: 5 gols em 54 jogos
  • 5º – Igor Gomes: 5 gols em 62 jogos

Atlético pode ter caras novas em 2026

Também pela baixa produtividade ofensiva de 2025, o Atlético deve ter novas caras no ataque em 2026. A tendência é de que o clube contrate ao menos duas peças para compor o setor nesta janela de transferências.

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