ATLÉTICO

Como Atlético evoluiu o departamento médico e reduziu em quase 50% o número de lesões

Galo aprimorou departamento médico com equipamentos, análises e comunicação e colheu frutos nos últimos anos

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Com maior infraestrutura e investimento, o Atlético teve uma virada de chave em 2018 e conseguiu reduzir em quase 50% o número de lesões nos últimos sete anos. Os dados foram revelados pelo diretor médico do clube, Rodrigo Lasmar, nessa quinta-feira (18/12).

O recorte feito pelo profissional levou em consideração os últimos 15 anos. Entre 2011 e 2017, o alvinegro detectou 417 lesões, com uma média de 60 por temporada.

O ano com mais problemas físicos foi em 2016, com 75, sendo 43 delas musculares – tipo de lesão mais frequente no futebol e que gerou 60% dos casos no Galo nesse período.

A partir de 2018, no entanto, o Atlético viu a necessidade de aprimorar o departamento médico. De acordo com Rodrigo Lasmar, houve investimento maior em estrutura e na compra de equipamentos, evoluindo nos seguintes pontos:

  • Melhora no controle de carga dos atletas (GPS, analise bioquímica, termografia)
  • Equipamentos de recuperação (câmara hiperbárica, botas de compressão, LED)
  • Equipamentos de avaliação de performance (Nordbord, Plataforma de força, forceframe)
  • Individualização dos trabalhos de prevenção de lesões
  • Melhora da comunicação e do trabalho multidisciplinar do DM
Número de lesões do Atlético por ano desde 2011
Número de lesões do Atlético por ano desde 2011

Redução no número de lesões

Com tais feitos, o Atlético reduziu em 42% o número de lesões entre 2018 e 2025, caindo para 278, uma média de 35 por temporada.

O ano com menos casos ocorreu em 2020, quando apenas 21 contusões foram detectadas. A temporada em que o Galo mais sofreu com problemas físicos foi em 2024, com 46.

Para além da melhora estrutural, Rodrigo Lasmar entende que a chave para a prevenção de lesões é a comunicação. Nesse sentido, o profissional trabalha para levar a melhor informação possível para todos os setores do clube.

Isso porque profissionais de várias áreas participam na hora de decisões cruciais, como se um atleta deve retornar ou não de uma lesão sem estar 100% ou quando um jogador deve ser poupado para não virar desfalque.

Diminuição de lesões do Atlético a partir de 2018 - (foto: Samuel Resende/No Ataque)
Diminuição de lesões do Atlético a partir de 2018(foto: Samuel Resende/No Ataque)

Nesse sentido, o departamento médico faz exames frequentes para analisar as condições clínicas do elenco e fazer um controle de carga quando necessário.

Em 2025, o Atlético sofreu com 37 lesões, dividas da seguinte forma:

  • 20 musculares
  • 7 de tornozelo/pé
  • 6 de joelho
  • 4 outras não especificadas

Lasmar também acredita que o número de lesões está diretamente ligado ao desempenho da equipe. Com mais vitórias e um time encaixado, o treinador pode preservar alguns atletas e até diminuir a carga em treinos ao longo da semana. E é desta forma que o Atlético busca reduzir ainda mais as contusões em 2026.

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