Se a posição de primeiro volante já era tema de debate entre torcedores do Atlético nos últimos meses, este cenário deve se intensificar nas próximas semanas. Com a saída de Fausto Vera do clube mineiro ao River Plate-ARG, a carência alvinegra no setor se tornou ainda maior, e este já é sabidamente um dos focos da atuação do Galo no mercado da bola.
No início de 2025, o Atlético liberou três jogadores que podiam exercer a função. A princípio, o argentino Rodrigo Battaglia foi negociado com o Boca Juniors, do país natal.
Depois, o jovem Paulo Vitor, de 21 anos, foi cedido por empréstimo ao Criciúma. Por fim, Otávio foi liberado ao Fluminense.
Àquela altura, diversos torcedores alvinegros já apontavam para a necessidade da contratação de um primeiro volante. Com o decorrer da temporada, no entanto, Alan Franco se viu deslocado para a posição e acabou como um dos atletas mais utilizados pelo Galo no ano.
Em entrevista concedida em junho, Cuca chegou a destacar que o equatoriano precisava evoluir para dominar a função. Nos bastidores, o paranaense desejava a chegada de um jogador específico do setor – o que não ocorreu.
“Mas eu crio (um primeiro volante), né? Eu tenho ele (Franco), que está rendendo para nós. Não é a posição original dele, mas é ele que temos e estamos trabalhando cada vez mais para ele ir melhorando a saída de bola, o passe”, declarou à época.
Departamento de futebol reforçou necessidade
Também em junho, durante evento com jornalistas na Arena MRV, Paulo Bracks, CSO do Atlético, foi aberto em relação ao perfil de volante que o Atlético buscava no mercado. O objetivo era reforçar o grupo com um atleta que chegasse com condições de ser titular.
Na ocasião, o departamento de futebol alvinegro identificou a falta um meio-campista com mais agressividade na marcação. Bracks chegou a frisar que Fausto Vera era um primeiro volante de origem, mas que não tinha a “pegada” desejada pela comissão técnica de Cuca.
O dirigente ainda revelou que o desejo no mercado era um jogador com maior capacidade de perseguir o armador ou o atacante, com bom poder de marcação. Rubens era quem mais se aproximava da característica em meio ao elenco do Galo, mas acabou negociado com o Dínamo de Moscou-RUS.
Ao fim de julho, o Atlético acabou por anunciar a contratação de Alexsander, que também pode exercer a função, ainda que não seja a de origem. O jogador, no entanto, não se firmou como titular absoluto – nem mesmo com Jorge Sampaoli.
Os jogadores do Atlético que podem atuar na posição*
- Alan Franco
- Alexsander
- Patrick Silva
- Gabriel Menino
*Nenhum dos nomes é primeiro volante de origem.
Atlético vai ao mercado por volante
Diante do cenário, é sabido que o Atlético vai ao mercado da bola na busca por um primeiro volante, mais uma vez. Como de costume, o clube conta com uma lista de opções para a posição, mapeadas pelo CIGA (Centro de Informação do Galo) e por Jorge Sampaoli.
Um nome vinculado ao Atlético nos últimos dias foi o de Matías Galarza, de 23 anos, do Talleres-ARG. O Galo consultou a situação do jogador por meio de contato direto com o staff, conforme apurou o No Ataque, mas, segundo o presidente do clube argentino, não chegou a enviar proposta oficial.
