A meia-atacante Alara, do Bayern de Munique, foi o centro de uma polêmica por conta do próprio sobrenome – Şehitler. Grupos neonazistas aproveitaram a semelhança fonética com o do ditador Adolf Hitler para espalhar propaganda nas redes sociais.
Por conta disso, a jogadora solicitou à União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) que o sobrenome não seja estampado na camisa de jogo. A entidade não permite a troca de registros oficiais no meio da temporada, mas, neste caso específico, Alara teve o pedido atendido.
Na semana passada, a meia-atacante renovou o contrato com o Bayern de Munique até 2027. No anúncio, a camisa que a atleta segura tem apenas o primeiro nome da atleta (Alara) estampado.
💬 Bianca Rech: „Wir freuen uns sehr, dass sich Alara für weitere Jahre beim #FCBayern entschieden hat. Für ihr Alter ist sie bereits sehr weit. Auf dem Fußballfeld ist Alara eine begnadete Technikerin und es macht unheimlich viel Spaß, ihr zuzuschauen."#MiaSanMia #Alara2027 pic.twitter.com/2Y8JQKt5Bf
— FC Bayern Frauen (@FCBfrauen) March 12, 2025
Com apenas 18 anos, Alara também é convocada com frequência pela Seleção Alemã e, por conta da mudança na camisa, ela passa a ser a única jogadora de futebol do país, entre homens e mulheres, a usar apenas o primeiro nome nos jogos.
Origem do sobrenome
Apesar da semelhança com o ditador nazista, o sobrenome Şehitler tem origem na Turquia. O pai de Alara é turco e a palavra significa “mártires”, sem nenhuma ligação com Hitler.
Alara é uma das grandes promessas do futebol feminino alemão. A jogadora marcou quatro gols em 18 partidas atuando como meia-atacante do Bayern de Munique.