
O escândalo que envolve a Confederação Brasileira de Futebol ganhou diversos capítulos nesta sexta-feira (4/4). Além da denúncia sobre o aumento salário das federações em 330%, a revista Piauí disse que a CBF contratou prostitutas para “atender convidados”.
A reportagem do jornalista Allan de Abreu detalhou irregularidades na entidade máxima do futebol. E uma delas é a presença de diversas prostitutas para participar de um evento da CBF, como teria presenciado Luísa Xavier da Silveira Rosa, única mulher a ocupar um cargo de direção na confederação.
“Da porta para dentro, a CBF mostrou-se um ambiente hostil às mulheres. [Luísa Xavier da Silveira] Rosa testemunhou a contratação de prostitutas para atender convidados em eventos da CBF e ouvia ‘todo tipo de comentário misógino’.
Em mensagens de WhatsApp, recebia elogios insinuantes de Arnoldo de Oliveira Nazareth Filho, ligado à Federação Amazonense de Futebol e uma das tantas eminências pardas da CBF, e de Rodrigo Paiva, então diretor de comunicação da entidade. Além disso, ela vivia recebendo ‘convites indesejados’ para almoços e jantares”
Revista Piauí, tradicional mídia brasileira
Na sequência, a reportagem explicou que esse testemunho da ex-diretora da CBF estava na ação trabalhista que foi movida contra a entidade após a saída, que ocorreu em junho de 2023. Os envolvidos na denúncia foram mencionados pela revista com direito de resposta.
“Em nota à imprensa divulgada no fim do ano passado, Paiva rebateu a acusação. ‘Minha trajetória profissional sempre foi marcada por incentivos à desconstrução da cultura do assédio presente no país, a fim de que as mulheres possam desfrutar de um ambiente de trabalho digno, igualitário e livre de discriminações’. Nazareth Filho não se manifestou publicamente. A Piauí não conseguiu localizá-lo”
Mais detalhes sobre a CBF
Como divulgado pela mesma reportagem da Piauí, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, aumentou os salários dos presidentes das federações estaduais de R$ 50 mil para R$ 215 mil – reajuste de 330%.
Outra denúncia feita pela revista é que, durante a Copa do Mundo do Catar, “só as despesas extras da mulher do presidente da CBF na hospedagem bateram em 37 mil reais”. Além dela, um grupo de 49 brasileiros usufruiu de mordomia durante o último Mundial, com tudo pago pela CBF.
“Muitos tiveram atendimento vip na chegada ao Aeroporto Internacional de Doha, alguns voaram de primeira classe e pelo menos um ganhou cartão corporativo para gastar livremente até 500 dólares por dia (2,5 mil reais). Tudo à custa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a mais alta entidade do futebol nacional, embora nenhum dos 49 tivesse relação direta com a confederação ou as federações estaduais”, disse a revista.
A reportagem da Piauí ainda detalha as extravagâncias de Ednaldo Rodrigues no comando da CBF: das despesas com parlamentares aos gastos milionários com advogados estrelados.