SELEÇÃO BRASILEIRA

Para onde levar Ancelotti em BH? Torcedores montam roteiro inusitado pela capital

Torcedores na Praça Sete se mostraram empolgados com o interesse do novo técnico da Seleção Brasileira em visitar BH

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Carlo Ancelotti está oficialmente no comando da Seleção Brasileira. Apresentado na segunda-feira (26/5), o técnico italiano segue hospedado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, mas já pensa no futuro: em junho, embarca para Guayaquil e São Paulo, onde o Brasil enfrentará Equador e Paraguai, respectivamente, pelas Eliminatórias da Copa de 2026.

Enquanto os treinos não começam, sobra uma dúvida curiosa: o que o novo comandante da Canarinho deveria conhecer quando for a Belo Horizonte, uma das cidades que ele revelou ter interesse em visitar no tempo livre? Em entrevista ao Grupo Globo, Ancelotti contou que ouviu a respeito de BH em conversas com Toninho Cerezo – os dois jogaram juntos na Roma, da Itália, na década de 1980.

A reportagem do No Ataque foi às ruas da capital mineira nesta terça-feira (27/5) para ouvir nove moradores sobre o que não pode faltar no roteiro do treinador multicampeão. E a resposta do povo mineiro foi um verdadeiro passeio pela essência de BH – com direito a tropeiro no Mineirão, visita ao Mercado Central, passeio na Savassi, rolê de skate na Praça Sete e até uma aula de “mineirês”.

Torcedores de Atlético e Cruzeiro elaboram roteiro para Ancelotti

Apesar de torcer para o Atlético, Juniceia Ramos Guimarães, de 45 anos, foi logo propondo um roteiro democrático pela cidade: levar Ancelotti ao Mineirão “para ver o Cruzeiro que é de origem italiana” e depois à Arena MRV, no Bairro Califórnia. A sugestão da Feira Hippie, aos domingos, na Avenida Afonso Pena, também apareceu – segundo ela, seria um choque cultural. “Não sei se lá na Itália tem feira assim. Acho o Ancelotti muito simpático”, ressaltou.

Juniceia Ramos Guimarães, 45 anos, que levar Ancelotti ao Mineirão e Arena MRV

Já o cruzeirense Wesley Pereira, auxiliar de laboratório, de 30 anos, elaborou um roteiro para Ancelotti com visitas a comércios tradicionalíssimos da capital.

“Levaria o técnico da Seleção no Mercado Central domingo cedo e depois na Feira Hippie. O que mais tem em BH é lugar bom. Ele ia amar, principalmente o povo mineiro que é acolhedor”, observou.

A torcedora celeste Nicole Maia, estagiária, 18, destacou a necessidade de Ancelotti aprender o “mineirês” para se dar bem com as dicas dos cruzeirenses no Mineirão. “Com alguns dias ele ia entender. Ensinaria ele a falar: ‘Ser Cruzeiro é bom demais, uai'”.

Roteiro gastrônomico e inusitado em BH

Se o papo é comida, o clássico tropeiro do Gigante da Pampulha foi unanimidade. Mas o pão de queijo, o pastel e até um frango com quiabo ganharam menções honrosas nos depoimentos.

O auxiliar de loja Wagner Santos, 18, pensou em um roteiro mais jovem para agradar. Mercado Novo, Praça Sete para um rolê de skate e um hamburgão no tradicional Raad’s, na Ruas dos Tupinambás. “Lá é bom demais! Mas tem que ter também um pão de queijo, que é inevitável”.

A Savassi apareceu como boa pedida para o clima noturno da cidade. Para André Júnior Monteiro, 34 anos, a região é ideal para o italiano se sentir à vontade – e também para admirar as “mineiras”, como destacou com bom humor. Já Eleusa Liu Linhares, comerciante de 71 anos, defendeu um almoço no Pop Kid, seguido por um passeio na Pampulha e jogo na Arena do Galo: “Porque sou Galo, uai!”.

Teve também quem pensou em algo mais ousado. Igor Rodrigues, 29, não escondeu a irreverência ao citar o “sobe e desce” no centro. “Primeiramente, pão de queijo e pastel. Depois, um restaurante de copo sujo com cerveja gelada. Ancelotti tem que almoçar com a gente. E ir no sobe e desce, lógico!”, destacou, entre risos.

Júnior Silva, 30 anos, surfassagista, não deixou o clássico Café Palhares de fora – lar do icônico Kaol. Pampulha e Arena MRV também entraram no pacote, com um recado direto para o técnico. “Ele tem que levar o Lyanco e o Everson do Galo para a Seleção”, pediu.

E o professor Wagner Rodrigues, 33, fechou com chave de ouro e um toque de ironia. “Iria com ele no Oiapoque só para ver a cara que ele faria. Ver o caos, seria o melhor”. Para ele, o Mercado Novo e o Mercado Central também merecem visita. “Comida boa, ambiente jovem, diferente”.

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