Alguns times que disputam a Série C do Campeonato Brasileiro contrataram advogado para apurar uma possível escalação irregular do jogador Yuri Ferraz, do Caxias.
O regulamento da competição diz que um atleta não pode atuar por outra equipe da Série C depois de ter disputado quatro partidas por um clube.
Alguns times entendem que Ferraz teria disputado quatro partidas pelo ABC na Série C – jogos contra Ferroviária, Londrina, Athletic e Ferroviário – antes de assinar com o Caxias.
“Vários clubes estão interessados numa possível irregularidade que envolve um atleta do Caxias. Como o site da CBF está com dificuldades de acesso, eu estou buscando meios de conseguir súmulas junto à confederação. Pedi um prazo aos clubes até a sexta-feira para levantar essas provas documentais”, disse o advogado Osvaldo Sestário, em entrevista ao ge.
“Na súmula contra o Athletic, não consta a entrada do jogador em campo. No entanto, temos outros meios de provas, como imagens de transmissão, registro do atleta entrando em campo… Nesse caso, a denúncia pode ser ofertada pela procuradoria, com base nos artigos 214 ou 191”, acrescentou.
Caso seja denunciado e, posteriormente, condenado, o Caxias perderia os pontos de todos os jogos disputados por Ferraz. Atualmente, o time gaúcho é o 16º colocado da Série C, com 18 pontos, uma posição acima da zona de rebaixamento. Os quatro últimos da tabela de classificação são rebaixados para a Série D.
“Nesse caso, constatada a infração ao artigo 214 do CBJD, a punição é a perda de pontos em todos os jogos que atleta atuou (foram nove pelo Caxias, com 27 pontos disputados), além da aplicação de multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil”, afirmou Sestário, ainda em entrevista ao ge.
Caxias
Presidente do Caxias, Mário Werlang disse que constam em documentação apenas três partidas disputadas por Ferraz. “Estamos acompanhando, acionamos o nosso departamento jurídico e constatamos, documentalmente, que o atleta disputou apenas três partidas. Se fez mais que isso, a culpa não é do Caxias, mas da arbitragem ou da CBF, e o Caxias não tem nada a ver com isso”, afirmou ao ge.
