Em depoimento à polícia, o meia Dimas Cândido, jogador da categoria Sub-20 do Corinthians, disse que estava no primeiro encontro com a jovem que morreu nessa terça-feira (30/1).
O meia de 18 anos alegou que conversava pelas redes sociais com a moça havia alguns meses e que não a conheceu pessoalmente antes do episódio.
Dimas contou que chamou o Samu após a mulher de 19 anos desmaiar durante a relação sexual.
O jogador negou o uso de bebida alcoólica ou drogas no encontro com a jovem. Eles estavam sozinhos no apartamento do atleta.
O jogador declarou ainda que que manteve relações sexuais com a jovem sem uso de qualquer objeto. No boletim consta também que ela tinha uma fissura na vagina
O corpo da moça passará por necrópsia, e o apartamento do jogador será periciado. No local, toalhas e lençóis sujos de sangue foram encontrados pela polícia.
O caso foi registrado como morte suspeita no 30º Distrito Policial de São Paulo.
Entenda o caso
Uma jovem de 19 anos morreu na noite desta terça-feira (30/1) depois de um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, que está emprestado pelo Coimbra ao Corinthians até 2025.
Ela apresentou sangramento e desmaiou durante a relação sexual no apartamento dele no Tatuapé, na Zona Leste paulistana. A Polícia Civil investiga o caso.
Em nota, o Corinthians afirmou estar ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base e que aguarda a investigação do caso. Disse, ainda, que está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias.
O advogado Tiago Lenoir, que defende o jogador, afirmou que o atleta prestou socorro e não houve crime.
“A gente foi acionado no plantão noturno para verificar uma entrada no PS Tatuapé. Tratava-se de uma menina de 19 anos que teve quatro paradas cardiorrespiratórias seguidas. Uma no local, uma na viatura do Samu e duas já no PS Tatuapé, evoluindo a óbito. Ela tinha um forte sangramento na região íntima”, disse o tenente da PM Lucas Sarri, em entrevista à TV Globo.
Encontro terminou em morte
A PM foi acionada no PS por volta das 21h30 por causa da morte considerada suspeita. Os militares levaram o jogador e um amigo dele de 17 anos até o 30º DP. Esse amigo também é jogador do Corinthians, mas não estava no apartamento. Ele foi chamado por Dimas para dar apoio e para levar um carregador de celular.
“O Dimas está na condição de testemunha. Foi convidado a prestar depoimento e liberado. A gente está aguardando o resultado da necropsia que vai apontar a causa da morte. Não tem nenhum vestígio de crime, o Dimas não cometeu crime algum”, disse o advogado Tiago Lenoir.
“Eles tiveram relação sexual consentida, com uso de preservativo. Ele percebeu que ela desmaiou, chamou o Samu, fez massagens cardíacas, continuou ajudando depois que o Samu chegou e acompanhou até o hospital”, afirmou Lenoir.