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Justiça dá prazo para Corinthians quitar dívida de R$ 43 milhões por ex-meia do Cruzeiro

Corinthians tem medida preparada para evitar pagamento imediato de dívida com o empresário Giuliano Bertolucci por contratação de Ramiro
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A Justiça de São Paulo definiu o prazo de três dias para o Corinthians quitar a dívida de R$ 43,2 milhões com o agente Giuliano Bertolucci. O débito do clube com o empresário é referente à contratação do meio-campista Ramiro, em 2019. O jogador deixou o clube em 2022 e, nas duas temporadas seguintes, defendeu o Cruzeiro.

A decisão da Justiça sobre o caso Ramiro foi publicada nessa segunda-feira (13/1) no Diário Oficial de São Paulo e divulgada inicialmente pelo colunista Diego Garcia, do Uol Esporte.

A Justiça ainda concedeu 15 dias ao Corinthians para apresentar defesa ou indicar bens para penhora. O clube tem a possibilidade de pagar a dívida de forma parcelada.

Medida do Corinthians

Segundo o colunista Ricardo Perrone, também do Uol Esporte, o Corinthians pretende pedir a suspensão da cobrança feita por Giuliano Bertolucci.

Ainda de acordo com o jornalista, o clube entende que está amparado pelo processo no RCE (Regime Centralizado de Execuções).

Dessa forma, o Corinthians acredita que a dívida com Bertolucci seria incluída no programa, pois os débitos do clube estão suspensos até o plano de pagamento ser apresentado ao RCE. 

Dívida do Corinthians por Ramiro

Ramiro foi contratado pelo Corinthians no começo de 2019, na gestão de Andrés Sanchez, a princípio sem custos. O Timão não desembolsou qualquer valor referente à taxa de transferência na época.

O acordo entre Corinthians e Giuliano Bertolucci foi o seguinte: se chegasse qualquer proposta por Ramiro durante a temporada 2019, o alvinegro não era obrigado a liberá-lo, independente dos valores oferecidos. Seria uma decisão unilateral do clube.

A partir de janeiro de 2020, caso alguma instituição topasse pagar 3 milhões de euros (R$ 12,7 milhões na cotação da época), o Corinthians teria duas opções: ou igualar a quantia, adquirindo de vez os 70% dos direitos econômicos e ficar com o jogador, ou liberar Ramiro, não levar nada, mas também se eximir de qualquer pagamento.

O Corinthians decidiu adquirir os 70% dos direitos de Ramiro, mas não conseguiu honrar com o compromisso. O clube chegou a amortizar R$ 6 milhões do débito, mas, devido a juros e correções, o valor saltou de cerca de R$ 13 milhões para R$ 43,2 milhões.

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