CORINTHIANS

Exclusão do Profut? Corinthians apresenta balanço com aumento de R$ 600 milhões em dívida

Balanço ainda será aprovado pelo Conselho Deliberativo antes de ser apresentado aos órgãos federais; veja números

O Corinthians apresentou, neste sábado (19/4), as demonstrações financeiras do clube de 2024. Com 19 dias de atraso, o balanço repercute o primeiro ano de mandato do atual presidente do Timão, Augusto Melo.

Agora, a Comissão Fiscal do Conselho de Orientação (Cori) vai fazer a avaliação dos números para, então, emitir um parecer ao Conselho Deliberativo. O CD deve votar o balanço no próximo dia 28, data limite para o clube aprovar ou reprovar o documento antes do envio aos órgãos federais.

Em meio ao extenso detalhamento das contas de 2024, o fato mais alarmante, e que pode gerar um novo pedido de impeachment contra Augusto Melo, é a confirmação do aumento da dívida bruta em R$ 598 milhões em apenas 12 meses, um recorde na história do clube. Isso elevou a dívida bruta ao patamar de R$ 2,568 bilhões.

O déficit do exercício, entre resultados com futebol e clube social, ficou em R$ 181,766 milhões depois de três anos seguidos de superávit. O déficit líquido patrimonial, também com a soma de futebol com clube social, bateu a marca de R$ 425,212 milhões.

Número positivo

Outro número inédito, mas este positivo, diz respeito a receita bruta, que chegou a R$ 1,115 bilhão. Neste caso, o balanço de 2023 apresentou a marca de R$ 1,010 bilhão, mas o documento deste sábado mostra o número de R$ 937 milhões.

De qualquer maneira, o aumento da receita sequer se aproxima do aumento da dívida no registro oficial na comparação das temporadas 2023/2024.

Exclusão do Profut?

O Corinthians entrou no Profut em 18 de novembro de 2015. Além do refinanciamento das dívidas federais, a adesão permitiu descontos de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos cobrados, e um prazo de 20 anos para os pagamentos.

O Profut oferece vantagens, mas pede contrapartidas. E esse é a preocupação do Corinthians no momento.

O artigo 4 da Lei do Profut prevê que, a partir de 1º de janeiro de 2019, os clubes inseridos no programa não podem ter um déficit anual superior a 5% da receita bruta do ano anterior.

O artigo 25 da mesma Lei ainda considera como “atos de gestão irregular ou temerária” déficit ou prejuízo anual acima de 20% da receita bruta apurada no ano anterior.

Após a análise dos órgãos fiscalizadores e a confirmação dos números que foram apresentados pela gestão, Augusto Melo disse, neste sábado (19/4), que ainda podem ter alterações solicitadas e que o Corinthians tomará ciência definitiva sobre o risco ou não de ser expulso do Profut por descumprimento das obrigações previstas na Lei.

A exclusão do programa pode refletir em um quadro insolúvel perante ao mercado e, por isso, gera preocupação.

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