É comum no futebol que jogadores se tornem dirigentes após a aposentadoria dos gramados. Ao longo das décadas, vários nomes conhecidos passaram pelo Cruzeiro em papéis de grande importância na diretoria celeste. Inclusive Ronaldo Fenômeno, que é o atual dono do clube.
Veja no levantamento feito por No Ataque nove ex-atletas que trabalharam como dirigentes do Cruzeiro nos últimos anos. A lista inclui pessoas que tinham ou não uma ligação inicial com a Raposa antes de assumir o cargo.
D’Alessandro
Ex-meia do Internacional e do River Plate, D’Alessandro atuou como coordenador de futebol do Cruzeiro entre março e dezembro de 2023. O argentino teve que deixar a Toca da Raposa após o fim do Campeonato Brasileiro devido a motivo familiar ‘difícil’.
Ronaldo Fenômeno
Pentacampeão mundial e jogador mais famoso revelado pelo Cruzeiro, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno comprou 90% das ações da Sociedade Anônimo de Futebol (SAF) do clube em dezembro de 2021. De lá para cá, atua como gestor de tudo que envolve a equipe mineira.
Paulo André
Braço direito de Ronaldo, Paulo André foi jogador do Cruzeiro antes de retornar ao clube no ano passado, na função de diretor técnico. Hoje, o ex-zagueiro é diretor de estratégias da SAF. Ele vestiu a camisa estrelada como atleta entre fevereiro e dezembro de 2015.
Ricardo Rocha
Último diretor técnico do Cruzeiro antes da venda da SAF, Ricardo Rocha teve uma carreira vitoriosa como atleta em equipes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em 1994, foi um dos zagueiros tetracampeões da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira.
Como dirigente, passou brevemente pela Toca da Raposa. Rocha chegou ao Cruzeiro agosto de 2021, a pedido do técnico Vanderlei Luxemburgo. Os dois deixaram o clube em dezembro do mesmo ano, em reformulação imposta pela nova gestão de Ronaldo.
Deivid
Jogador em 2003, auxiliar técnico em 2015 e treinador em 2016. A trajetória de Deivid pelo Cruzeiro já era longa, quando o ex-centroavante aceitou um convite do então presidente Sérgio Santos Rodrigues para se tornar diretor técnico do clube, em maio de 2020.
O trabalho durou até junho de 2021, quando vazou uma sequência de áudios de Deivid criticando o mandatário em conversa com empresário André Cury. Dias depois, o Cruzeiro anunciou seu desligamento do quadro de funcionários, sem fazer qualquer menção ao episódio.
Marcelo Djian
Outro que esteve na Toca da Raposa como zagueiro e dirigente foi Marcelo Djian. Multicampeão com o Cruzeiro entre 1998 e 2001, quando atuou em 181 partidas, o ex-jogador foi diretor de futebol do Cruzeiro entre outubro de 2017 e o dezembro de 2019.
Djian venceu a Copa do Brasil de 2018 e dois Campeonatos Mineiros (2018 e 2019) como dirigente celeste, mas participou do rebaixamento inédito do clube à Série B do Campeonato Brasileiro.
Tinga
Tinga jogou entre 2012 e 2015 no Cruzeiro. No papel de meio-campista, ele integrou a geração vencedora que levantou os troféus do Campeonato Mineiro de 2014 e dos Brasileirões de 2013 e 2014.
Em 2017, Tinga teve uma curta experiência como gerente de futebol da Raposa, no último ano da gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares. Como executivo, fez parte do elenco que ganhou a Copa do Brasil daquele ano.
Daniel Teixeira
Atleta celeste entre o fim dos anos 1980 e início 1990, Daniel Teixeira pouco conhecido pelos torcedores do Cruzeiro. O período de mais sucesso do belo-horizontino foi no futebol alemão, bem longe da cidade natal. Apesar disso, venceu uma Copa do Brasil pelo clube que o revelou.
Algumas décadas depois, a história de Daniel Teixeira pelo Cruzeiro ganhou novo capítulo. O ex-atacante foi diretor do Departamento de Negócios Internacionais da Raposa entre 2016 e 2018.
Moraes
O único nome da lista a trabalhar no Cruzeiro antes de 2010 é o já falecido Moraes, que foi zagueiro do clube nas décadas de 1960 e 1970. Antes de ser diretor de futebol, no fim dos anos 1990, ele também teve uma curta passagem como técnico da Raposa, em 1985.
No cargo de dirigente, venceu a Copa Libertadores de 1997. Nessa época, a equipe era comandada por Paulo Autuori, atual diretor técnico do Cruzeiro. A dupla teve uma série de desentendimentos ao longo da campanha, o que levou o treinador a deixar BH após o bicampeonato continental.
Moraes é a única pessoa que participou dos dois títulos do Cruzeiro na Libertadores. Na conquista de 1976, foi titular na defesa durante toda a disputa do torneio.