O futuro de Juan Dinenno será na Toca da Raposa. Perto de ser anunciado pelo Cruzeiro, o atacante de 29 anos usou as redes sociais para se despedir do Pumas, do México. O argentino atuou na Liga MX nas últimas cinco temporadas.
Na mensagem publicada nos stories do Instagram, Dinenno fala sobre o sentimento de ter vestido a camisa do Pumas e a trajetória no clube.
O camisa 9 menciona os altos e baixos dessa passagem, como o segundo lugar no Campeonato Mexicano de 2020 e o vice-campeonato da Liga dos Campões da Concacaf de 2022.
“É complicado colocar em palavras o tanto que cresci nesse tempo, não apenas como jogador, mas também como pessoa. E sei que o veículo que me permitiu fazer isso foi o PUMAS e é o que mais valorizo. É verdade que nos momentos difíceis às vezes eu senti uma tristeza e uma impotência difícil de descrever em palavras, eu atribuo à conexão que sinto com o lugar em que estou”
Juan Dinenno, ao Pumas
“No dia em que cheguei, fiz uma promessa em uma entrevista que hoje mantenho: prometi dar tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a equipe a alcançar os objetivos. Fiz isso e seguirei fazendo até o dia que eu for embora”, desabafou.
Como foram os números de Dinenno no Pumas
Pelo Pumas, Juan Dinenno marcou 60 gols e distribuiu dez assistências em 147 jogos. Além do time mexicano, ele defendeu Racing, Temperley e Aldosivi, na Argentina, e Deportivo Cuenca, Barcelona e Deportivo Cali, no Equador.
Dinenno é o décimo maior artilheiro da história do Pumas. O auge de seus números ocorreu na temporada 2020/21, quando fez 36 jogos e balançou as redes em 16 vezes oportunidades – média de 0,44 gol por partida.
Leia na íntegra a carta de Juan Dinenno
“Eu vivi muitas coisas nesta equipe, momentos muito bons que resultaram em finais perdidas tanto da Liga, como da Concachampions, e também vivi momentos muito tristes e angustiantes como foi essa última temporada, em que não conseguimos nem classificar à repescagem. Em ambas ocasiões, eu senti imediatamente a sede de revanche, e sempre tentei conseguir as conquistas que este clube merece, mas não consegui.
Enquanto escrevo isto, já consegui jogar mais de 100 partidas e marcar mais de 50 gols, estou perto de figurar entre os dez maiores goleadores da instituição. Não sei se vou conseguir, não sei quantas partidas mais jogarei. O que sei é que meu amor por este clube vai seguir até o fim, aconteça o que acontecer com minha carreira profissional.
É complicado colocar em palavras o tanto que cresci nesse tempo, não apenas como jogador, mas também como pessoa. E sei que o veículo que me permitiu fazer isso foi o PUMAS e é o que mais valorizo. É verdade que nos momentos difíceis às vezes eu senti uma tristeza e uma impotência difícil de descrever em palavras, eu atribuo à conexão que sinto com o lugar em que estou. No dia em que cheguei, fiz uma promessa em uma entrevista que hoje mantenho: prometi dar tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a equipe a alcançar os objetivos. Fiz isso e seguirei fazendo até o dia que eu for embora.
Tenho consciência de que nem sempre fui o melhor Juan Dinenno no campo, mas estou seguro de que sempre tentei ser, não apenas em cada jogo, mas também a cada dia, cada treino, cada conversa com um companheiro, cada ação com todas as pessoas que nos ajudam no dia a dia, cada momento.
Se tivesse que dizer algo a qualquer pessoa que chegar a este clube, eu diria que se deixe encantar, que não recuse o senso de pertencimento que uma pessoa sente no momento de chegar ao clube, por medo da despedida. O futebol é dinâmico, e tudo passa. Não tenho dúvidas que a despedida vai doer, mas vai valer a pena, porque enquanto estive no clube, eu desfrutei por me sentir parte dele.”