Ex-diretor de comunicação do Cruzeiro, Vinicius Lordello disse que ‘gente que passou’ pelo clube poderia ter sido presa em 2021. Sem citar nomes, o profissional relembrou gestão que levou a Raposa à Série B do Campeonato Brasileiro, além do envolvimento em dívidas milionárias do clube à época.
Vinicius comentou no X, antigo Twitter, sobre a condenação do ex-presidente do Internacional, Vitorio Píffero, e do ex-vice de finanças do clube, Pedro Afatato, por irregularidades no clube entre os anos de 2015 e 2016.
O profissional de comunicação chegou ao Cruzeiro em novembro de 2021, quando o time já estava na Segunda Divisão. Ele deixou o clube pouco mais de um ano depois – em outubro de 2022. Na rede social, ele citou que pessoas que passaram pela Raposa poderia ter tido o mesmo destino dos dirigentes do Inter.
“Cheguei ao Cruzeiro em 2021 e, estarrecido, entendi o que foi feito no passado até chegar naquela situação. Uma gestão tenebrosa, quando honesta, não desestrutura tanto um clube, qualquer clube. Teve gente que passou lá antes, e a torcida sabe quem, que poderia ter caminho parecido…”, escreveu.
Cheguei ao Cruzeiro em 2021 e, estarrecido, entendi o que foi feito no passado até chegar naquela situação. Uma gestão tenebrosa, quando honesta, não desestrutura tanto um clube, qq clube.
— Vinicius Lordello (@ViniciusLord) March 5, 2024
Teve gente que passou lá antes, e a torcida sabe quem, que poderia ter caminho parecido… https://t.co/IbG6YeKhM6
Gestão que ruiu o Cruzeiro
Vinicius não citou nomes na publicação, mas a torcida demonstrou entendimento nos comentários e apoiou a fala do diretor.
Em 2019, uma reportagem do Fantástico expôs escândalo interno no Cruzeiro. Na época, a Polícia Civil investigava a gestão do então presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, por indícios de pagamentos suspeitos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Mais tarde, Itair Machado, o vice-presidente, também entrou no radar da Polícia.
Contudo, em 2023, a PCMG decidiu por não indiciar os ex-dirigentes em inquérito que investigou transações de atletas no período que a dupla geriu o Cruzeiro. O relatório apontou que as investigações não confirmaram provas de crime no fechamento de contratos.
Fato é que a gestão ruiu o Cruzeiro. Na época em que o escândalo veio à tona, o time foi de mal a pior dentro de campo. Com uma torcida insatisfeita, atrasos de salários de jogadores e uma equipe apática dentro das quatro linhas, nada foi capaz de reverter o quadro. O ano terminou no primeiro rebaixamento da história do clube celeste, que retornou à elite após três anos.
