Depois de protagonizar momentos de desentendimento com parte da torcida do Valladolid, o técnico Paulo Pezzolano pediu desculpas públicas. O uruguaio disse que se equivocou em algumas declarações e admite que lidou mal com as críticas.
“Eu, às vezes, procurava proteger o vestiário. Acho que eles precisavam disso. Assumi a responsabilidade e acho que fui longe demais ao fazê-lo, porque as pessoas ficaram chateadas com as coisas que eu disse ou fiz. Sem dúvida me enganei, mas o mais importante que queria alcançar era esta promoção com o Valladolid”, disse Pezzolano, em entrevista ao site AS.
“Penso que internamente fizemos o melhor, mas depois, sim, sem dúvida cometi erros em algumas declarações, e por isso peço desculpa. O objetivo era claro: era subir para a Primeira Divisão a qualquer custo, e às vezes você pode tomar caminhos diferentes lá fora, ficar bem, ser legal, ser simpático, mas acredito que não eram os meios para atingir esta meta”, acrescentou.
Embora tenha pedido desculpas, Pezzolano disse que não faria nada de diferente.
“Sem dúvida falhamos em muitas coisas, mas hoje, se eu voltasse atrás, não faria nada diferente, porque isso me proporcionou o acesso. Talvez se fizesse algo diferente não conseguiria o acesso. Foi uma promoção muito difícil”, destacou.
Pedido de demissão
Durante parte da temporada, os torcedores pediram a demissão de Pezzolano. Na festa do acesso, o técnico ironizou e começou a gritar no caminhão de bombeiros. “Demitam, Pezzolano! Demitam, Pezzolano!”, cantou o uruguaio.
“Foi meio que uma brincadeira para liberar aquela tensão que você fala para que todos aproveitem a conquista do acesso. Eu canto isso, mas nunca quis machucar ninguém. Não era nada sobre orgulho. Eu também desfrutei. Estou muito contente. Vimos pessoas chorando, rindo, crianças, famílias inteiras felizes… Ninguém pode tirar isso de mim e foi fruto de um trabalho”, afirmou.
