O Cruzeiro e o lateral-esquerdo Marlon foram punidos em julgamento da 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), nesta terça-feira (25/6).
De forma unânime, a Raposa e o São Paulo foram sancionados com base no artigo 206, que pune “atraso do início da realização de partida, prova ou equivalente, ou deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida, prova ou equivalente”.
Por causa dos atrasos, o Cruzeiro terá que pagar R$ 3 mil de multa e o São Paulo, R$ 4 mil.
Marlon
Já Marlon foi punido em um jogo por causa da expulsão na partida contra o Tricolor. Ele deu um carrinho e acertou a perna do atacante Jonathan Calleri.
O procurador do STJD, Fabrício Trindade, pediu a pena máxima do artigo 254 (seis partidas). “A bola está no ataque do Cruzeiro, não tem nenhuma justificativa para entrada com essa violência e com aquela intensidade. Ele vai em uma região (sensível) e ainda bem que o atleta permanece jogando. Chama atenção que atletas profissionais tomem esse tipo de atitude”.
Marlon participou do julgamento e reconheceu o erro.
“Lamento estar aqui por uma situação triste ocorrida dentro e campo, reconheci publicamente que a expulsão foi justa, jamais tive a intenção de machucar um companheiro de profissão. Depois do cartão vermelho, não disse nenhuma palavra agressiva ao árbitro. Entendi e reconheci o uso da ferramenta do VAR, ciente de que tinha cometido um erro dentro de campo, ciente que cometi uma entrada ríspida, reconheço meu erro. No meu histórico, não tenho nenhum tipo de entrada violenta, e eu fui punido justamente. Na última edição do Brasileiro, como defensor, sofri apenas seis amarelos e fiquei apenas duas partidas fora. Não tive nenhuma expulsão. Isso mostra que não tenho caráter duvidoso em campo. Mas, nessa expulsão, o árbitro agiu de maneira correta e me deu cartão vermelho”, disse Marlon.
Os auditores elogiaram a postura de Marlon, mas não descartaram a punição. Veja como votou cada auditor:
- Dr. Diogo Maia disse que foi louvável a atitude de Marlon de pedir desculpas e reconheceu o histórico positivo do jogador. Pediu um jogo de suspensão.
- Dr. Iuri Engel Francescutti reconheceu a importância do depoimento de Marlon e também pediu um jogo de suspensão.
- Dr. Marcelo Vieira acompanhou o relator.
- Dr. Carlos Eduardo Cardoso afirmou que ficou clara a imprudência de Marlon e considerou adequada a dosimetria aplicada de um jogo.
