Cruzeiro e Racing se enfrentam pela final da Copa Sul-Americana no dia 23 de novembro, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai. O ex-jogador Roberto Gaúcho comemorou a classificação da Raposa na semifinal, com a vitória por 1 a 0 sobre o Lanús, nessa quarta-feira (30/10), no Estádio La Fortaleza, em Buenos Aires, na Argentina.
Roberto disse que já esperava um resultado favorável para o Cruzeiro, visto que o Lanús, no entendimento dele, é um “time pequeno”. Diante do Racing, as dificuldades serão maiores.
“Boa tarde, nação azul! Cruzeirão cabuloso na final da Copa Sul-Americana. Contra o Racing, da Argentna. Um time copeiro também que temos que respeitar. Tem muita tradição no futebol argentino, totalmente diferente do Lanús, que é um time pequeno. Falei que eles não iriam aguentar a pressão do Cruzeiro”.
Supercopa de 1992
Ao falar do Racing, Roberto Gaúcho recordou a final da Supercopa de 1992, em que o Cruzeiro colocou as duas mãos no título ao golear o adversário por 4 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte.
O ex-camisa 11 fez os dois primeiros gols e protagonizou uma bela jogada no terceiro – driblou dois marcadores e tocou para Luís Fernando Flores balançar a rede. O quarto tento foi de Marco Antônio Boiadeiro, em chute de pé esquerdo de fora da área.
“Agora nós vamos enfrentar novamente o Racing. Vocês lembram muito bem, né?! Supercopa da Libertadores de 1992. Mais de 85 mil pessoas no Mineirão. Nós atropelamos eles, 4 a 0. Era um dos três maiores times do Cruzeiro. Fui iluminado por Deus ao fazer dois gols e dar uma assistência”.
Roberto Gaúcho
Mesmo perdendo o segundo jogo contra o Racing por 1 a 0, em Avellaneda, o Cruzeiro ficou com o título. Roberto Gaúcho rasgou elogios aos companheiros de equipe daquela época.
Eu e Renato Gaúcho conversávamos muito. Betinho jogava muito. Nosso meio-campo era fantástico: Marco Antônio Boiadeiro, Luiz Fernando e Douglas. Paulo Roberto, um dos melhores laterais-direitos. Célio Lúcio jogava muito. Luizinho, um fenômeno, jogador de Copa do Mundo. Nonato, nosso eterno capitão. E Paulo César Borges, pegava demais”.
Artilheiro das decisões
Roberto Gaúcho se destacou no Cruzeiro pelos gols em finais importantes. Além da Supercopa de 1992, ele marcou nas Copas do Brasil de 1993 e 1996, conquistadas em cima de Grêmio e Palmeiras, respectivamente. Em cinco temporadas na Toca, entre 1992 e 1997, o ex-atacante disputou 224 partidas e contabilizou 54 gols.
A campanha do Cruzeiro
- Jogos: 8
- Vitórias: 4
- Empates: 2
- Derrotas: 2
- Gols marcados: 18
- Gols sofridos: 6
- Artilheiro: Renato Gaúcho (6 gols)
Públicos no Mineirão
- Cruzeiro 8 x 0 Atlético Nacional (primeira fase): 64.616 pagantes
- Cruzeiro 2 x 0 River Plate (quartas de final): 66.090 pagantes
- Cruzeiro 2 x 2 Olimpia (semifinal): 83.724 pagantes / 89.022 presentes
- Cruzeiro 4 x 0 Racing (final): 78.077 pagantes
Grupo campeão (apenas quem entrou em campo)
- Goleiro: Paulo César
- Laterais-direitos: Paulo Roberto e Zelão
- Zagueiros: Célio Lúcio, Luisinho, Adilson e Arley
- Lateral-esquerdo: Nonato
- Volantes: Rogério Lage e Douglas
- Meias: Luís Fernando Flores, Marco Antônio Boiadeiro e Betinho
- Atacantes: Cleison, Édson, Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho
Os clubes participantes da Supercopa de 1992
- Argentina: Argentinos Juniors, Boca Juniors, Estudiantes, Independiente, Racing, River Plate
- Brasil: Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Santos, São Paulo
- Chile: Colo Colo
- Colômbia: Atlético Nacional
- Paraguai: Olimpia
- Uruguai: Nacional e Peñarol