Torcedora do Cruzeiro, a assistente administrativa Jennifer Magalhães nasceu no dia da primeira partida da final da Supercopa da Libertadores de 1992, contra o Racing, em 18 de novembro. Quase 32 anos depois, ela está grávida, e o filho José pode vir ao mundo na data da decisão da Copa Sul-Americana entre os times brasileiro e argentino, no próximo dia 23.
“Ele está previsto para nascer no dia 26, mas será parto natural, então pode nascer antes ou depois da final. Mas acho que ele vai nascer antes, uma sensação de mãe, sabe!? Espero que o José já nasça campeão”, disse a cruzeirense, em entrevista ao No Ataque.
A final entre Cruzeiro e Racing está marcada para o Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai. Por causa da reta final da gravidez, Jennifer acompanhará a partida pela televisão.
“Minha alegria é o Cruzeiro, já viajei para vários jogos, inclusive conversei pela primeira vez com o meu namorado Cayo, pai do José, quando estava no Rio para acompanhar um jogo do Cruzeiro contra o Flamengo“, disse.
“Para a final contra o Racing, não vai ter jeito, vou ficar. Mas tenho um tio que mora nos Estados Unidos que quer ir para o Paraguai assistir ao jogo”, destacou Jeniffer, que é mãe de Bernardo, de 12 anos.
Nasceu no dia da final
Jennifer nasceu em uma quarta-feira, 18 de novembro de 1992. Ela brinca que os tios preferiram ir à final da Supercopa, no Mineirão, do que ir conhecê-la no hospital. A avó Romualda Maria Rodrigues, hoje com 76 anos, esperou a notícia tão esperada pela família.
“Minha mãe foi internada na terça com fortes dores e contrações, mas eu só nasci na quarta. Meus tios e minha avó estavam esperando o telefonema do meu pai para ter notícias do meu nascimento”, disse.
“Como não havia sinal de nada, meus tios foram para o jogo e minha avó ficou esperando sozinha. Quando ela foi avisada do meu nascimento, também resolveu ir para o estádio”, conta.
O dia foi duplamente especial para a família, uma vez que o Cruzeiro aplicou 4 a 0 no Racing, gols de Roberto Gaúcho (2), Luís Fernando e Boiadeiro. O troféu foi levantado no jogo de volta, em 25 de novembro, na Argentina. A Raposa perdeu por 1 a 0, mas se sagrou campeã.
Cruzeirense de família
Jennifer disse que a avó Romualda, a matriarca da família, mudou-se de Santa Maria do Suaçuí, sua cidade natal, para Belo Horizonte ainda quando era jovem. No momento em que chegou à capital, resolveu adotar o Cruzeiro como time de coração.
Depois do nascimento da primeira filha, ela se separou e, tempos depois, casou-se novamente, agora com um atleticano. Os filhos desse último casamento preferiram torcer pelo clube estrelado.
“Era impossível eu não ser cruzeirense com essa história. Minha família toda torce para o Cruzeiro e eu nasci no dia da final entre Cruzeiro e Racing”, disse Jennifer.
“Meu pai me leva ao Mineirão desde os três, quatro anos. Eu chorava quando não ia ao jogo do Cruzeiro”, conta.
“Cheguei a ir na partida contra o Villa Nova, em 1997, quando foi batido o recorde de público no Mineirão, mas passei mal e voltei para casa. Meu pai ficou muito bravo e disse que não ia me levar mais. Depois, fui com meus tios e, mais velha, fiz amigos e passei a ir com eles”, destacou.