Marcelo Bechler afirmou que vê o Cruzeiro sem rumo para 2025. O jornalista da TNT Sports analisou as contratações feitas pela diretoria celeste nas últimas semanas e a escolha de Fernando Diniz como técnico.
A Raposa mudou de treinador em setembro, quando despediu Fernando Seabra. Bechler disse que a demissão foi justa, mas falou que acredita que Diniz não era o treinador ideal para aquela ocasião, pois necessita de mais tempo para desenvolver o estilo de jogo.
“Me parece ser um clube ainda sem direção a seguir. Quando contrata o Fernando Diniz e essa leva grande de jogadores, aí aparentemente demitiu o Fernando Diniz, depois decidiu manter o técnico, a sensação que é que não sabem o que estão fazendo. O Cruzeiro vai aleatoriamente contratar jogadores, e eles podem ou não dar certo. Não existe um plano. Você só encurta a distância pros clubes ricos e estruturados há muito tempo com um plano bem traçado”
Marcelo Bechler, jornalista
“Eu não sei se Alexandre Mattos (CEO) e Pedro Lourenço (dono) sabem responder por que a forma de jogar do Diniz é a melhor para disputar os campeonatos. Acho que eles vão responder que é um técnico experiente e ganhou no Fluminense. Eu não sei se eles entendem maneiras diferentes de jogar e por que cada estrutura é mais rentável que outras. Se você não entende do que a fórmula precisa para ganhar, você depende basicamente de sorte. E o azar geralmente fala mais alto”, complementou.
Leia: Atacante diz que foi forçado a jogar machucado no Cruzeiro em 2024: ‘Tem coisa que ninguém sabe’
‘Cruzeiro está sem estratégia no cérebro do clube’, diz Bechler
Em preparação para 2025, o Cruzeiro anunciou as contratações do volante Christian e do meia-atacante Rodriguinho. A Raposa também tem acertos os meio-campistas Dudu e Eduardo e os atacantes Yannick Bolasie e Gabigol.
“Eu não entendo as contratações de Dudu e Gabigol. Dudu não joga há muito tempo e (não compensa) o valor que seria. O Gabigol também. O rendimento do Gabriel Barbosa, que é mais novo e não teve a lesão do Dudu, (foi baixo) nos últimos dois anos. O extracampo do Gabigol não combina com os valores do Cruzeiro, com que a torcida é e acredita”, afirmou.
“Rodriguinho e Christian têm mais o perfil que o Cruzeiro precisa, pois têm muito a ganhar ainda no futebol. E os jogadores que chegaram no meio de 2024 ainda precisam se provar”
“A tendência pelo que eu vejo é de depender muito de sorte ou azar, porque eu não vejo rumo, estratégia ou planejamento no setor mais importante, que é o cérebro do clube: a diretoria de futebol”, finalizou.
