A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não divulgou o calendário do futebol feminino para 2025. As jogadoras do Cruzeiro não sabem, portanto, quando estrearão na temporada. A indefinição da entidade, é claro, incomodou o elenco e a diretoria celeste.
Em entrevista ao No Ataque, a recém-chegada Tauane Sousa, conhecida carinhosamente como Zóio, destacou que a postura da CBF atrasa o desenvolvimento da modalidade.
“É complicado, né? A gente fica falando da evolução do futebol feminina, é sempre uma pauta, mas complica porque a gente precisa se preparar para determinada competição. Espero que saia logo e que a gente consiga trabalhar com objetivos”
Zóio, volante do Cruzeiro
Byanca Brasil, um dos principais nomes do elenco, relembrou que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo Feminina em 2027 e exigiu respeito.
“Obviamente, é muito triste a gente treinar sem saber quando começa a jogar. É ruim, ainda mais falando do país que vai ser sede de Copa do Mundo. A gente sabe que tem que ter um olhar muito mais crítico, com muito mais carinho para o feminino. Espero que esse calendário saia logo, e que as competições sejam muito melhores do que dos anos anteriores. A gente espera que cada vez mais o futebol feminino seja respeitado e valorizado”
Byanca Brasil, atacante do Cruzeiro
Outro impacto devido à falta de calendário
Devido à falta de calendário, o Cruzeiro não definiu em qual campo mandará os jogos na temporada. Segundo Bárbara Fonseca, diretora de futebol feminino, os regulamentos norteiam a escolha pelo gramado, já que exigem, por exemplo, um local que comporte um número mínimo de torcedores.
O Castor Cifuentes, em Nova Lima, e a Arena Gregorão, em Contagem, foram os estádio mais usados pelas Cabulosas em 2024 e podem ser utilizados novamente em 2025. De acordo com Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, há a possibilidade de construir um estádio na Toca da Raposa I.