
O narrador Alberto Diniz aprovou a demissão do técnico Fernando Diniz do Cruzeiro. Ele disse que o “erro crasso” do clube celeste foi ter contratado o profissional de 50 anos durante a última temporada em substituição ao novato Fernando Seabra.
“Diniz é um bom treinador, cara famoso, campeão da Libertadores, já teve grandes momentos, mas não deu certo no Cruzeiro, não é por perder do Athletic e empatar com o Betim. Isso já vem de algum tempo. O erro começou com a contratação dele no meio do Campeonato Brasileiro do ano passado. Estava lá o Seabra, que está até razoável, porque o Cruzeiro não tinha elenco, mas ele estava ajeitando o time”, afirmou o narrador, em entrevista ao podcast Prateleira de Cima.
“Foi um erro crasso do Cruzeiro trocar o treinador naquele momento. Ainda mais o Diniz, que é diferente, tem as suas características que são difíceis de assimilar. Acho que por uma questão de honra ele devia pedir demissão. Não sei se ele pediu, mas já não dava mais para ele continuar. A torcida não aceitava mais”, acrescentou.
Contratado em setembro de 2024, Diniz comandou o Cruzeiro em 20 jogos. Foram quatro vitórias, nove empates e sete derrotas nesse período – 35% de aproveitamento.
A pressão sobre Diniz começou no fim de 2024, quando o treinador perdeu o título da Copa Sul-Americana para o Racing. Ele também terminou o Campeonato Brasileiro fora da zona de classificação à Copa Libertadores, o que aumentou a insatisfação dos torcedores.
Neste ano, o Cruzeiro disputou cinco jogos: amistosos contra São Paulo (1 a 1) e Atlético (0 a 0), além das três rodadas iniciais do Estadual, diante de Tombense (1 a 0), Athletic (0 a 1) e Betim (1 a 1).
Pressão sobre Diniz
A cobrança sobre Fernando Diniz aumentou com o empate com o Betim, no Mineirão – a Raposa perdia o jogo até os 41min do segundo tempo, quando Lautaro Díaz empatou. A torcida não poupou críticas. Direcionou vaias, xingamentos e gritos ao técnico e ainda ‘exigiu’ que ele pedisse demissão.
Após a partida, ainda no estádio, Diniz se reuniu com Pedrinho e Alexandre Mattos, CEO de futebol celeste. Mas, diferentemente da expectativa dos torcedores, o treinador continuou no cargo.
Mas foi temporário. O No Ataque apurou que Pedrinho se reuniria com Diniz ainda nesta segunda, para bater o martelo sobre a situação, que chegara a um ponto insustentável.
O próprio treinador reconheceu que o momento era desfavorável. “Tudo tem um limite”, disse, em sua última entrevista como comandante da Raposa.