CRUZEIRO

Não é o Cruzeiro! Alberto Rodrigues revela para qual time torcia na infância

Há mais de seis décadas narrando jogos do Cruzeiro, Alberto Rodrigues só começou a torcer pelo time azul na adolescência
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Há mais de seis décadas levando a emoção dos jogos do Cruzeiro nas ondas do rádio, o narrador Alberto Rodrigues, de 85 anos, só começou a torcer pelo time azul na fase final da adolescência. Isso ocorreu por volta de 1956, quando o locutor tinha “16 ou 17 anos”. Ele se apaixonou pelo clube celeste ao acompanhar um clássico contra o América, no Estádio Independência. Na ocasião, a família, que residia em Araxá, estava a passeio em Belo Horizonte.

“A gente vinha muito a Belo Horizonte passear. Vínhamos de trem, pois meu pai trabalhava na Rede Mineira de Viação. Uma vez, fui ao Estádio Independência ver Cruzeiro x América. E gostei muito do Cruzeiro. Não me lembro se o Cruzeiro venceu o jogo, eu acho que venceu. Mas tinha aquela camisa azul muito bonita. Passei a ser cruzeirense naquela época. Já tinha 16 ou 17 anos de idade”, contou, em entrevista ao podcast Prateleira de Cima, dos jornalistas Chico Maia e Régis Souto.

Em Araxá, segundo Alberto Rodrigues, pouco se sabia sobre as equipes de futebol de Belo Horizonte. Os aparelhos de rádio do município do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba captavam sons de emissoras do Rio de Janeiro e de São Paulo. Por isso, nos tempos de criança, o narrador nutria sua paixão por uma agremiação de outro estado.

“Sabe para quem eu torcia quando morava em Araxá? Fluminense! Era Tricolor. Ouvia muitos jogos do Fluminense, nos tempos de Castilho (histórico goleiro do clube carioca). Hoje não estou nem aí para o Fluminense”

Alberto Rodrigues

Trajetória de Alberto Rodrigues

Desde pequeno, Alberto estava decidido a se tornar cronista esportivo. Aos 16 anos, ele entrou para a Rádio Imbiará, de Araxá, atuando na cobertura do campeonato amador da cidade. Quando se mudou para Belo Horizonte, teve sua primeira passagem na Rádio Itatiaia de 1963 a 1965. Posteriormente, ficou 11 anos na Rádio Inconfidência.

Em 1977, Alberto Rodrigues retornou à Itatiaia e se tornou “a voz” dos jogos do Cruzeiro. O jeito de descrever os gols, repetindo seguidas vezes a expressão “gol, gol, gol, gol, gol”, lhe proporcionou a alcunha de Vibrante.

O comunicador testemunhou grandes momentos da Raposa, entre os quais a conquista da Copa Libertadores de 1997, de seis Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018) e três Campeonatos Brasileiros (2003, 2013 e 2014).

Os bordões “terrível, terrível”, “procura uma brecha”, “sassarica” e “passos de urubu malandro” caíram no gosto dos torcedores celestes, bem como os apelidos para os jogadores – alguns exemplos são Ricardinho, o “Mosquitinho Azul”; Alex, o “Talento Azul”; e Sorín, o “Pássaro Azul”.

Alberto permaneceu na Itatiaia até o fim de 2022. A emissora chegou a oferecê-lo um cargo de comentarista, porém o Vibrante recusou, alegando que preferia dar sequência à narração.

Em janeiro de 2023, o jornalista Samuel Venâncio, especializado em notícias do Cruzeiro, fez um convite a Rodrigues para ser o locutor das partidas do clube em seu canal no YouTube. Assim, os dois reeditaram a parceria que durou sete anos na Itatiaia.

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