Derrota inesperada do Cruzeiro para o Mushuc Runa foi a conta d’água para a principal torcida organizada do Cruzeiro. Nesta quinta-feira (10/4), logo após o tropeço por 2 a 1, em pleno Mineirão, pela segunda rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana, integrantes da Máfia Azul se mobilizaram para protestar na Toca da Raposa 2, em Belo Horizonte.
O elenco e o CEO de futebol do clube, Alexandre Mattos, são os principais alvos das faixas penduradas pelos torcedores nas imediações do centro de treinamento do Cruzeiro.
“Salário em dia, porrada em falta. Elenco de finados”, “Mattos, pede demissão, mercenário” e “Alexandre Gastos” são alguns dos dizeres.
Nessa terça-feira (8/4), membros da Máfia Azul já haviam sido recebidos na Toca da Raposa 2. Segundo a organizada, o encontro teve tom de cobrança pelo desempenho do time. “O momento exige mais do que técnica: exige comprometimento, entrega total, respeito à camisa e, acima de tudo, honra por representar milhões de torcedores que dedicam sua vida e paixão ao Cruzeiro Esporte Clube”, diz nota publicada pelo grupo.
A temporada do Cruzeiro
O incômodo não é restrito ao tropeço diante do oitavo colocado do Campeonato Equatoriano. Trata-se de uma insatisfação com o ano do Cruzeiro, que realizou 14 partidas oficiais – três treinadores passaram pelo comando técnico do clube no período -, com apenas quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas. O aproveitamento equivale a 38%.
No Campeonato Mineiro, a Raposa avançou à semifinal com três triunfos na bagagem, além de duas igualdades e três tropeços. Caiu no mata-mata ao empatar com o América por 1 a 1 em dois confrontos e perder nos pênaltis.
Na estreia pelo Campeonato Brasileiro, venceu o Mirassol por 2 a 1, apesar de não ter exibido atuação de luxo. Depois, visitou o Internacional , sofreu três gols e não marcou nenhum.
O desempenho pela Sul-Americana é o pior. Dois confrontos contra times considerados inferiores e duas derrotas (1 a 0 para o Unión, da Argentina, e 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador. Evidentemente, a Raposa não está ‘morta’ na briga por vaga no mata-mata. Para alívio, ainda tem quatro confrontos pela frente e pode, inclusive, terminar a primeira etapa no topo – já não depende só de si. Na competição, apenas o líder avança diretamente às oitavas, enquanto os vice-líderes disputam playoffs com os terceiros da Copa Libertadores.
