
O jornalista Jaeci Carvalho comentou a saída de Alexandre Mattos do cargo de CEO de futebol do Cruzeiro. O profissional ocupará função semelhante no Santos, que vive momento de indefinição sobre o futuro de Neymar e está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, em 18º lugar, com oito pontos em 11 rodadas.
“Hoje se efetivou a saída do Alexandre Mattos. Que ele seja muito feliz no Santos. Fez o seu trabalho no Cruzeiro, ficou um ano no clube. Que tenha toda a sorte do mundo e faça um grande trabalho lá”, iniciou Jaeci, em seu canal no YouTube.
“O Cruzeiro hoje é comandado pelo Pedro Lourenço, que é o presidente. E o futebol está sob o comando do Pedro Junio, do Pelaipe e do Leonardo Jardim. Desde que essa trinca assumiu, o Cruzeiro não perdeu mais”, continuou o colunista do jornal Estado de Minas.
Um dos torcedores que acompanhava a live perguntou se o Cruzeiro contrataria um executivo para o lugar de Alexandre Mattos. Segundo Jaeci, isso não será feito. As decisões continuarão sendo tomadas em conjunto por Pedro Junio (vice-presidente), Paulo Pelaipe (diretor de futebol) e o técnico Leonardo Jardim.
“Não vem ninguém para o lugar do Alexandre Mattos. O Cruzeiro está muito bem servido com o Pedro Junio, o Pelaipe e o Mister. Os técnicos europeus funcionam como managers. Não tem problema. É ele quem vai dizer se vai contratar ou não. Foi ele quem pediu a contratação do Marquinhos em definitivo, e o Cruzeiro contratou (estava emprestado pelo Arsenal, da Inglaterra)”.
Jaeci Carvalho
Jaeci já havia informado anteriormente que Mattos havia perdido espaço na diretoria do Cruzeiro. Desde o dia 13 de abril, em que a Raposa empatou por 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbis, pela terceira rodada da Série A, o departamento de futebol passou a ser chefiado por Pedro Junio, filho do dono da SAF, Pedro Lourenço.

Passagem de Mattos pelo Cruzeiro
Mattos era o CEO de futebol do Cruzeiro desde abril de 2024, quando Pedro Lourenço comprou as ações da SAF que pertenciam ao ex-jogador Ronaldo Nazário. O dirigente recebeu carta branca do proprietário dos Supermercados BH para buscar reforços e investiu pesado tanto no ano passado quanto em 2025.
Das contratações que envolveram compra de direitos econômicos, as principais foram de Fabrício Bruno (R$ 44 milhões ao Flamengo); dos meio-campistas Walace (R$ 40 milhões à Udinese, da Itália) e Matheus Henrique (R$ 35 milhões ao Sassuolo, da Itália); e do atacante Kaio Jorge (R$ 41 milhões à Juventus, da Itália).
O Cruzeiro também trouxe nomes de peso de grandes clubes do futebol brasileiro, casos do goleiro Cássio (Corinthians), do lateral-direito Fagner (Corinthians) e dos atacantes Gabriel Barbosa (Flamengo) e Dudu (Palmeiras).
A chegada de Dudu virou um problema, já que o jogador entrou em atrito com Leonardo Jardim por não concordar com a condição de reserva. No fim das contas, Pedro Lourenço deu respaldo ao técnico português e liberou o atacante para acertar com o Atlético.
O momento do time
O bom momento do Cruzeiro é atribuído aos conceitos transmitidos por Leonardo Jardim ao grupo de jogadores. O time é vice-líder do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos em 11 rodadas, e passou pelo Vila Nova-GO na terceira fase da Copa do Brasil.
Todavia, o começo do português na Toca foi de dificuldades. No Campeonato Mineiro, o time foi eliminado nas semifinais pelo América. Já na Copa Sul-Americana, despediu-se na fase de grupos ao vencer um jogo, empatar dois e perder três.
Pedro Lourenço bancou Leonardo Jardim e lhe deu autonomia para tomar decisões estratégicas no clube. Por outro lado, Alexandre Mattos deixou de ser peça crucial no organograma do clube e foi liberado para seguir seu caminho no Santos.