
A Polícia Militar disponibilizou vídeo que mostra o momento em que dois torcedores da Máfia Azul agrediram um atleticano, de 32 anos. A mãe da vítima, de 56, também foi agredida ao tentar intervir.
Os atos de violência ocorreram em 13 de março deste ano, no Bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
Veja o vídeo abaixo:
Os suspeitos foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com a Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (10/6), durante a operação Hooligans. As ações ocorreram nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Brasília.
De acordo com a PM, foram cumpridos três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão contra três homens.
Segundo o capitão Augusto Pena, do Batalhão de Choque da PMMG, além das prisões, foram apreendidos na sede central da torcida, no Barro Preto, Região Central de Belo Horizonte, e na residência de um dos detidos entorpecentes e artefatos caseiros. Entre eles, um objeto que sugere uso como “lança-chamas”.
Defesa da Máfia Azul
A defesa dos líderes da Máfia Azul presos emitiu nota na qual afirma que os “fatos estão em fase inicial de investigação” e que “não há provas concretas” da responsabilidade penal dos diretores presos.
“A defesa do presidente e do vice-presidente da Máfia Azul vem a público manifestar-se acerca da recente abertura de inquérito policial envolvendo seus representados. Esclarecemos que os fatos estão em fase inicial de investigação e, até o momento, não há provas concretas que sustentem qualquer responsabilidade penal dos diretores da torcida organizada.
Reiteramos a confiança de que, no momento oportuno, todos os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá. A defesa acredita que os diretores estão sendo injustamente associados a condutas praticadas por terceiros, o que evidencia um tratamento seletivo e, por vezes, persecutório.
Recentemente, dois membros da torcida, conhecidos como Digô e Bidu, foram brutalmente assassinados em meio aos conflitos entre torcidas organizadas. Até o presente momento, não houve prisões ou responsabilizações pelos crimes, tampouco informações oficiais sobre o andamento de investigações relacionadas a essas mortes.
Diante do cenário de constantes conflitos entre torcidas organizadas, é notória a ausência de imparcialidade por parte das autoridades policiais, que reiteradamente adotam medidas mais severas contra integrantes da Máfia Azul.
Ressaltamos que a torcida vem sendo alvo de sucessivos ataques por parte de rivais e tem, de forma contínua, comunicado tais ocorrências às autoridades competentes, sem que se perceba o mesmo rigor investigativo ou empenho para apurar os delitos praticados contra seus membros.
Dessa forma, a defesa reafirma que considera a prisão dos diretores como medida arbitrária e desproporcional, e seguirá atuando com firmeza e dedicação para demonstrar sua inocência e restaurar a justiça.’’