
O Cruzeiro finaliza o primeiro semestre com saldo positivo no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. A Raposa superou adversidades do começo da temporada, como a queda para o América na semifinal do Campeonato Mineiro, e se reergueu. Mas, deve manter quatro pontos importantes para seguir bem na segunda metade do ano. Veja abaixo.
Com 24 pontos, o Cruzeiro está em segundo lugar na Série A – mesma pontuação do Flamengo, que leva vantagem no saldo de gols (20 a nove). Na Copa do Brasil, a Raposa passou do Vila Nova, na terceira fase, e enfrentará o CRB nas oitavas de final.
Sinergia entre técnico e elenco
Mesmo com escolhas ousadas, o técnico Leonardo Jardim se impôs sobre o elenco do Cruzeiro e conseguiu fazer com que os jogadores comprassem suas ideias de trabalho. Ele colocou estrelas no banco de reservas e passou a entregar resultados expressivos.
Jardim tirou do 11 inicial nomes de peso, como o lateral-direito William, convocado à Seleção Brasileira em 2024; e os atacantes Dudu e Gabigol, multicampeões em seus antigos clubes.
Gabriel Barbosa se encontra em situação diferente ao que esperava quando foi contratado, mas se manteve ‘fechado’ com Jardim e atendeu bem ao papel em que foi exigido.
Já Dudu, que se opôs publicamente às escolhas do técnico e se envolveu em polêmica nos bastidores, perdeu a ‘queda de braço’ e rescindiu com o Cruzeiro.
O restante dos atletas também se manteve ao lado do comandante, elogiando o treinador publicamente em diversas oportunidades. Jardim foi responsável pela melhora no rendimento do goleiro Cássio, do zagueiro Lucas Villalba, dos volantes Lucas Silva e Christian, entre outros.
“Ele é muito transparente, olho no olho, o que tem para falar, fala para qualquer jogador, independentemente de quem seja. O clube também abriu os olhos e confiou muito nele. Nós, jogadores, compramos a ideia dele, tanto de organização tática, de competir, do que ele mostra no dia a dia. Nosso treinamento já é outro. E tudo isso reflete nos nossos jogos”
Lucas Silva, volante do Cruzeiro
Força dentro de casa
O Cruzeiro está invicto em casa em jogos pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil. A Raposa venceu o Vila Nova-GO por 2 a 0 no Mineirão, pela ida da terceira fase do torneio mata-mata, e soma cinco vitórias e um empate na Série A.
Um fator que ressalta o feito do Cruzeiro é o nível dos adversários. Quando bateu de frente com os principais elencos do país, a Raposa se saiu vitoriosa: venceu Flamengo e Palmeiras por 2 a 1 no Mineirão.
No clássico contra o Atlético, apesar de ter jogado melhor, empatou por 0 a 0 no Gigante Pampulha. Os outros adversários foram Mirassol (2 a 1 no Mineirão) e Vasco (1 a 0 no Parque do Sabiá, em Uberlândia).
Solidez defensiva
Invicto desde 27 de abril, o Cruzeiro soma nove vitórias e três empates nos últimos 12 jogos. Nesse período, levou apenas quatro gols e não sofreu mais que um em nenhuma partida.
Essa não foi a realidade durante todo o ano. Antes dessa data, o Cruzeiro só não tinha levado gol em três das 21 partidas que disputou: nas vitórias diante de Bahia (3 a 0, em casa, pelo Brasileirão) e Tombense (1 a0, em casa, pelo Campeonato Mineiro) e no empate por a 0 a 0 com o Atlético (amistoso em campo neutro).
Boa fase do ataque
Nos últimos anos, o Cruzeiro passou por dificuldades no setor ofensivo. Com exceção de 2022, em que Edu marcou 22 gols na temporada do título da Série B, a Raposa não conseguiu encontrar um verdadeiro artilheiro para o time.
Em 2025, o cenário tem sido muito diferente, já que Kaio Jorge tem boas médias e é o segundo jogador que mais balançou as redes no Brasileirão. Ele marcou oito vezes em 11 partidas na competição – apenas uma a menos que o meia-atacante flamenguista De Arrascaeta, líder do ranking.
O reserva imediato de Kaio Jorge é Gabigol, que tem cumprido bem o papel nas oportunidades que ganhou. Além de gols, o atacante entregou assistências na sequência invicta de 12 jogos.
Kaio Jorge e Gabigol pelo Cruzeiro em 2025
- Kaio Jorge: 18 jogos oficiais, 10 gols e duas assistências
- Gabigol: 22 jogos oficiais, nove gols e quatro assistências