
Em abril de 2024, o empresário Pedro Lourenço deixou de ser mecenas e assumiu o posto de acionista majoritário da Sociedade Anônima de Futebol do Cruzeiro. As ações pertenciam ao ex-centroavante Ronaldo Nazário, que comandava o clube desde a criação da SAF, no fim de 2021.
Pedrinho contou em entrevista à Revista Mineirão de 2025 que a ideia inicial era manter o Fenômeno na diretoria do clube, mas mudanças ocorreram ao longo da negociação.
“A primeira conversa era de comprar mais um pedaço, e ele (Ronaldo) ficaria comigo. Eu assumiria e ele ficaria. Eu não queria que o Ronaldo saísse. Eu o acho um cara espetacular, é meu amigo, sério, ajudou muito o Cruzeiro. Devemos muito a ele. Mas fomos conversando, as coisas foram se apertando”, relembrou.
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Como Pedrinho comprou a SAF?
O empresário, dono da rede Supermercados BH, estava pescando quando Ronaldo o ligou em busca de ajuda. Pedrinho, que já tinha garantido 20% da SAF por meio de acordo anterior, comprou os 70% restantes e assumiu a gestão da Raposa.
“Tudo é no tempo de Deus. Sou católico, acredito muito em Deus. As coisas são se encaixando. Quando o Ronaldo veio, fui o primeiro a apoiá-lo. Sempre aportei (dinheiro), ajudei ele, mas não tinha ideia a ideia de ser dono, de ser o mandatário. Isso nunca passou pela minha cabeça. Até o dia que aconteceu isso com o Ronaldo (decidir vender a SAF). Eu estava até pescando. O Ronaldo me ligou, meio apavorado, e já começamos essa conversa”
Pedro Lourenço, dono do Cruzeiro
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Pedrinho sentiu receio ao comprar o Cruzeiro
Pedrinho ainda relembrou o receio que sentiu quando teve a oportunidade de comprar a SAF. O empresário disse que só comprou o clube porque recebeu apoio dos três filhos.
“Cheguei para os meus três filhos e disse: ‘Quero ouvir de vocês, vocês me ajudam?’. Tudo o que eu quis ter na vida, Deus me deu. Eu não preciso do Cruzeiro para ser beneficiado de alguma coisa. O momento é esse. ‘Se vocês falarem que vão me ajudar, eu vou aprofundar o negócio com o Ronaldo’. A gente vai passando tanta etapa na vida e vai ficando mais maduro para as coisas.”
“E meus filhos são mais aguerridos, como eu era quando era mais jovem. E chegamos à conclusão (de comprar o Cruzeiro). Eles me ajudaram, o Pedro Junio (vice-presidente) está aí, quase que diariamente. Fizemos e estamos muito felizes. Sabemos da dificuldade. Tem dificuldade e isso não vai acabar nunca. Sabemos da responsabilidade. Mas estamos tentando fazer o melhor para nosso querido Cabuloso”, finalizou.