Há mais de uma década, muito antes de se tornar sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, Pedro Lourenço tinha o desejo de assumir a presidência do clube. O empresário passou a investir quantias importantes na segunda gestão de Zezé Perrella (2009 a 2011) e tinha a expectativa de ser apoiado para o cargo na eleição de 2011.
Em entrevista à Revista Mineirão, Pedro Lourenço explicou que desistiu de virar presidente do Cruzeiro quando o então presidente Zezé Perrella optou por apoiar o advogado Gilvan de Pinho Tavares, que, na época, ocupava o posto de vice-presidente. Comprar as ações do clube, por outro lado, não estava nos planos do empresário.
“Eu já tive vontade de ser presidente do Cruzeiro antigamente, na época que foi o Gilvan (2012-2017). Naquela época, eu queria ser presidente, mas o Zezé optou pelo Gilvan e dei uma desanimada. Mas ser dono do Cruzeiro nunca passou pela minha cabeça”
Pedro Lourenço, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro
Na eleição realizada em outubro de 2011, Gilvan foi eleito para o triênio 2012-2014 com 391 votos. A chapa rival, liderada pelo radialista Alberto Rodrigues, recebeu 48 votos.
Tal fato não balançou a relação entre Pedro Lourenço e Cruzeiro. O mandatário detalhou que se aproximou da gestão celeste quando César Masci era o presidente (1991-1994). Depois, a partir de 1995, passou a contribuir financeiramente.
“Sempre ajudei o Cruzeiro em todas as gestões, independentemente de quem era o presidente. Eu sempre fui preocupado com o torcedor, mas nunca preocupado comigo. Nunca tive cargo, nunca peguei um ingressos de graça como conselheiro. Sempre fiz questão de pagar meu ingresso. Eu acho que até hoje a ficha não caiu”, finalizou.