Apoiado por números negativos (35% de aproveitamento), o Cruzeiro demitiu o técnico Fernando Diniz em 27 de janeiro. Na sequência, a Raposa apresentou proposta e convenceu Leonardo Jardim a assumir o posto, negociação concretizada em 4 de fevereiro. Após cerca de cinco meses de trabalho com o português, o atacante Gabigol voltou a avaliar a troca no comando técnico celeste.
Em entrevista ao PodPah, nessa terça-feira (1º/7), Gabi pediu cautela com as projeções e citou fala do próprio Leonardo Jardim: “Quando o time não estava tão bem, não éramos o pior time do mundo. E hoje, que estamos bem, não somos os melhores. As coisas têm que ser com calma”.
Depois, destacou que nota diferenças positivas na rotina do Cruzeiro, incluindo noções técnica, táticas e físicas. Paralelamente a isso, destacou o apoio da torcida celeste, principalmente em jogos no Mineirão, em Belo Horizonte – a média de público da Raposa no ano como mandante é de 32.423 torcedores.
“Temos tido apoio grande da torcida, o Mineirão está sempre lotado, faz muita diferença. Aos poucos as coisas estão melhorando, já é nítido nos treinos como estamos evoluindo taticamente, fisicamente e até como pessoa. Chegaram muitos jogadores novos e na época tínhamos um treinador completamente diferente, que era o (Fernando) Diniz. Agora as coisas têm se encaixado melhor”
Gabigol, atacante do Cruzeiro
Fernando Diniz no Cruzeiro
Contratado em setembro de 2024, Diniz comandou o Cruzeiro em 20 jogos. Foram quatro vitórias, nove empates e sete derrotas nesse período – 35% de aproveitamento.
A pressão sobre Diniz começou no fim de 2024, quando o treinador perdeu o título da Copa Sul-Americana para o Racing. Ele também terminou o Campeonato Brasileiro fora da zona de classificação à Copa Libertadores, o que aumentou a insatisfação dos torcedores.
Neste ano, o Cruzeiro disputou cinco jogos: amistosos contra São Paulo (1 a 1) e Atlético (0 a 0), além das três rodadas iniciais do Estadual, diante de Tombense (1 a 0), Athletic (0 a 1) e Betim (1 a 1).
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Leonardo Jardim no Cruzeiro
O início de Leonardo Jardim não foi como o torcedor do Cruzeiro esperava. Assim que desembarcou em Belo Horizonte, comandou o time na reta final do Campeonato Mineiro e não conseguiu evitar eliminação precoce na semifinal, para o América.
Sem competições oficiais no calendário por tempo considerável, o comandante português teve tempo para trabalhar o elenco. De imediato, não entregou grandes mudanças, e viu a Raposa colecionar tropeços na Copa Sul-Americana, o que, mais tarde, custou a queda na competição.
Respaldado pela diretoria de futebol e principalmente por Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, Leonardo Jardim sequer viu o cargo ser ameaçado. Com o tempo, tem consegui encaixar as peças e dar esperanças.
No Campeonato Brasileiro, os celestes dispararam. Em segundo lugar, com 24 pontos, colecionam sete vitórias, três empates e duas derrotas. Na Copa do Brasil, a Raposa também acumulou êxitos e despachou o Vila Nova na terceira fase ao triunfar nos encontros de ida (2 a 0) e volta (3 a 0).
Próximos jogos do Cruzeiro
Depois do empate sem gols com o Vitória, em 12 de junho, pela 12ª rodada do Brasileiro, o elenco do Cruzeiro tirou férias de 14 dias.
Ainda durante a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, a Raposa disputará a Vitória Cup, torneio amistoso organizado pela Desportiva Ferroviária. Nesta quinta-feira (3/7), enfrenta o Defensa y Justicia no Kleber Andrade, em Cariacica, às 20h. Depois, domingo (6/7), mede forças com o Banfield, às 16h, no mesmo local.
O retorno do Cruzeiro ao Campeonato Brasileiro está marcado para 13 de julho (um domingo), às 20h30, contra o Grêmio, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 13ª rodada.
Já o próximo compromisso pela Copa do Brasil – oitavas de final – será em 30 de julho (uma quarta-feira), às 19h30, contra o CRB, também no Gigante da Pampulha.
