Reforço do Cruzeiro para a temporada, Gabigol tem vivido processo diferente daquele que se acostumou no Flamengo durante os anos de auge. Sob o comando do técnico Leonardo Jardim, o atacante não tem espaço garantido entre os titulares, mas é um dos homens de confiança. A ausência do camisa 9 em algumas partidas não dá à diretoria celeste a sensação de ‘investimento desperdiçado’, garantiu Pedro Junio, vice-presidente.
O dirigente do Cruzeiro fez um breve balanço sobre a contratação de Gabigol, em entrevista ao Donos da Bola. Destacou que se trata de uma movimentação para além do campo. Além disso, pontuou o esforço do atacante no dia a dia do clube. O saldo, portanto, é positivo.
“Ele nos entrega tudo que foi contratado. Tanto na parte desportiva, quanto na parte comercial e de marketing. O Gabriel foi um pacote que a gente contratou e que entrega o retorno. Hoje, não é o titular absoluto por opção do treinador, mas faz parte de um contexto, de um grupo que tem como foco o Cruzeiro. O objetivo maior são as vitórias. Gabigol é um cara espetacular no dia a dia, trabalha todos os dias incansavelmente buscando espaço”
Pedro Junio, vice-presidente do Cruzeiro
Cada dia mais ativo no departamento de futebol da Raposa, Pedro Junio afirmou que as escalações iniciais – que dão a alguns atletas o status de titular – não afetam o relacionamento do grupo.
“A vantagem do Cruzeiro é que hoje todos entenderam que a prioridade maior é o Cruzeiro. Independentemente de quem está jogando ou não. Todos que estão ali entenderam que a prioridade é o Cruzeiro, e todos estão ali para dar o máximo para o Cruzeiro, não para A ou para B”, completou.
Gabi satisfeito no Cruzeiro
Nos primeiros 11 jogos pelo Cruzeiro, Gabi atuou como titular – primeiro sob o comando de Fernando Diniz, depois de Leonardo Jardim. A partir de 13 de abril, quando a Raposa empatou com o São Paulo por 1 a 1, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o atacante perdeu espaço entre os 11 iniciais.
Desde então, a pauta de que o camisa 9 estaria insatisfeito na capital mineira nunca caiu. Por vezes, para dar fim ao assunto, Gabi reitera a satisfação por vestir a camisa estrelada. Em 1º de maio, após a vitória por 2 a 0 sobre o Vila Nova, pela ida da Copa do Brasil, o atacante tocou no tema.
“Eu sou muito tranquilo quanto a isso, sei da pressão que existe, tem muitas pessoas que falam as coisas sem saber. Eu procuro trabalhar, mostrar meu futebol dentro do campo, tenho tido oportunidade. Tenho ido bem, sou artilheiro do time na temporada (hoje, o posto é ocupado por Kaio Jorge), tenho ajudado, tenho me sentido acolhido, comissão, diretor. Estou feliz, espero continuar assim. Quando precisar de mim eu vou estar pronto”, declarou.
Gabi no Cruzeiro
Em 22 jogos oficiais pela Raposa (de 30 possíveis), Gabi coleciona nove gols e quatro assistências. Pode-se dizer que é a ‘arma não secreta’ de Leonardo Jardim. O comandante costuma deixar o atacante no banco de reservas em confrontos mais pegados – especialmente por não ter a marcação como forte – e acioná-lo ao longo do tempo, estratégia conhecida por qualquer adversário.