CRUZEIRO

Dirigente do Cruzeiro rasga elogios a Jardim e expõe diferenciais: ‘Tem o grupo na mão’

À frente da comissão técnica do Cruzeiro desde fevereiro deste ano, Leonardo Jardim não demorou a conquistar a confiança da diretoria e do elenco

Leonardo Jardim não demorou a conquistar espaço no Cruzeiro. Assim que assinou contrato, em fevereiro deste ano, o técnico ganhou a confiança da diretoria celeste. Nem mesmo eliminações precoces no Campeonato Mineiro e na Copa Sul-Americana o fizeram balançar no cargo. Pelo contrário. O dia a dia na Toca da Raposa deu ainda mais respaldo ao português. Vice-presidente do clube estrelado, Pedro Junio explicou o que há de diferente no comandante e não poupou nos elogios.

Quando Fernando Diniz deixou o Cruzeiro, Leonardo Jardim não apareceu como a primeira opção. Mas depois se tornou a única. Atraído pelo projeto, abriu mão do cargo no Al Ain, dos Emirados Árabes, para se tornar manager da Raposa. A visão que ultrapassa as responsabilidades de um treinador cativou a cúpula celeste, liderada por Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), e Pedro Junio.

“O Jardim veio com uma cabeça muito diferente do que a gente tem aqui no futebol brasileiro. É um cara que já trabalhou com várias SAFs, no Mônaco, no mundo árabe, então ele está muito preocupado com o clube, com o que o clube vai ganhar de retorno com aqueles atletas, o que o clube pode rentabilizar, em estrutura. Ele tem o perfil de manager, de cuidar não só da parte técnica, mas de outras áreas do clube. Ele é preocupado com o Cruzeiro como um todo… É uma pessoa que está do nosso lado e preocupada também com o clube”

Pedro Junio, vice-presidente do Cruzeiro, em entrevista ao Donos da Bola

Jardim ‘tem o grupo na mão’

O dirigente do Cruzeiro também detalhou a relação entre Leonardo Jardim e o elenco. Segundo Pedro Junio, o treinador preza pela sinceridade – característica notável nas entrevistas coletivas, por exemplo. A forma de trabalhar garante a confiança dos atletas.

“A gestão dele é baseada na verdade e na sinceridade. Às vezes ela pode machucar, no início, mas a longo prazo firma. Ele sempre tratou muito respeitosamente os atletas. Nunca teve nenhum atrito, então os jogadores respeitam muito. Ele tem uma postura muito de ajuda ao atleta, entender o que ele está passando, o que ele pode agregar para evoluir. Os jogadores sentiram confiança nele. Hoje ele tem o grupo na mão. Isso facilita o trabalho dele na parte tática e técnica”, destacou.

Respaldo do Cruzeiro

Leonardo Jardim não conseguiu ‘convencer’ um jogador. Dudu não fez questão de esconder a condição de reserva. O comandante celeste, por sua vez, explicou que comportamentos internos não adequados estremeceram a relação. O Cruzeiro não teve dúvidas de como atuar e, em comum acordo, rescindiu o contrato do atacante, que logo na sequência firmou vínculo com o Atlético.

Antes disso, Leonardo Jardim enfrentou início ruim. No período de adaptação, caiu na semifinal do Campeonato Mineiro. Mesmo com tempo para trabalhar o elenco, não fez bom início de Campeonato Brasileiro e colecionou resultados frustrantes para a torcida na Copa Sul-Americana, o que custou a eliminação do Cruzeiro na competição continental.

Àquela altura, era mais fácil o treinador abrir mão do cargo do que Pedro Lourenço o demitir – segundo avaliação da cúpula celeste, os recorrentes tropeços não eram culpa de Leonardo Jardim. Entre a torcida, a popularidade do treinador também não caiu de forma preocupante.

Olhar para a base do Cruzeiro

Outro ponto que chama a atenção de Pedro Junio tem relação com a formação de atletas. “Ele (Leonardo Jardim) é muito preocupado com as categorias de base”, garantiu o vice-presidente.

Quando assumiu a comissão técnica do Cruzeiro, Leonardo Jardim solicitou que a equipe sub-20 passasse a treinar na Toca da Raposa 2, mesmo local que abriga os profissionais, alterando a dinâmica do clube, que levou o time feminino à Toca da Raposa 1.

Em 2025, o treinador promoveu a estreia de três crias da Toca da Raposa: o zagueiro Janderson, de 19 anos, o lateral-esquerdo Kauã Prates, de 16 anos, e o volante Murilo Rhikman, de 19 anos. O atacante Kaique Kenji, de 19 anos, já havia estreado entre os profissionais em 2024, sob o comando de Fernando Diniz, e voltou a ser utilizado por Leonardo Jardim.

Segundo semestre do Cruzeiro

Admirado pela diretoria cruzeirense, Leonardo Jardim tem tranquilidade para trabalhar no segundo semestre, decisivo para o Cruzeiro. Na vice-liderança do Brasileiro, com 24 pontos, o clube estrelado tem como primeiro objetivo voltar à Copa Libertadores. Na Copa do Brasil, a meta é conquistar o heptacampeonato.

O próximo compromisso da Raposa pela Série A é neste domingo (13/7), contra o Grêmio, às 20h30, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 13ª rodada.

Pela Copa do Brasil, o clube enfrenta o CRB nas oitavas de final. O duelo de ida está marcado para 30 de julho, às 19h30, no Gigante da Pampulha. A volta será em 7 de agosto, no mesmo horário, no Rei Pelé, em Maceió.

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