O ex-jogador Rafael Sobis analisou a vitória do Cruzeiro sobre o Grêmio por 4 a 1, no último domingo (13/7), no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Sobis não poupou críticas ao zagueiro Kannemann, mas se desmanchou em elogios à “genialidade” do meia-armador Matheus Pereira.
Para o ex-jogador, o placar elástico refletiu a organização e intensidade do Cruzeiro em contraste com a bagunça tática do Grêmio. Ele detalhou um lance de ataque celeste para exemplificar a desatenção defensiva gremista.
“Aqui a gente começa a ver uma coisa bem importante, que parece besteira, mas que mostra por que o Grêmio tomou quatro gols. Olha aqui: lateral para o Cruzeiro no campo de ataque e três jogadores do Grêmio na linha de ataque. Isso não existe, tem que estar todos aqui embaixo. No nível de futebol de hoje, todos têm que estar aqui. E o Cruzeiro tem três jogadores aqui (livres no meio)”, explicou Sobis.
No lance que culminou no primeiro gol do Cruzeiro, Sobis destacou a inteligência de Matheus Pereira e o posicionamento equivocado de Kannemann. “E olha o que acontece. Quem imagina que vai sair um passe de gol? O Kannemann está quebrando toda linha, por mais que o jogador não estivesse impedido no lance, mas ele está fora, está desnorteado, em outra batida, está muito longe, não deveria estar lá, e aqui vem o gênio. Esse passe é genial, é espetacular, esse passe é o momento em que o presidente e o treinador falam: ‘por isso que ganha bem’. Que coisa espetacular, que golaço, um chute errado que deu certo”.
As críticas a Kannemann continuaram: “Ele está aqui fora da área, não sei o que ele está fazendo aqui, tinha que estar dentro da área, como zagueiro pela esquerda. Quando ele sai avulso, ele foge da tática. E o passe vai onde ele deveria estar. Não é um contra-ataque, é uma jogada normal e ele está fora de posição. Ele saiu à caça e deixou de fazer a dele. Chama atenção a desorganização do Grêmio”.
Sobis concluiu suas observações sobre o zagueiro gremista: “Claro que é legal esse estilo, ele bota o time para cima, eu sou o cara que mais gosta desse estilo do Kannemann. Mas se o resto não está ligado, ele acaba atrapalhando, por mais que o gremista ache maravilhoso, isso está tudo errado. O treinador tem que controlar ele, tem que segurar, senão vira loucura.”