“Sempre esteve na minha cabeça que quero ser melhor que meu pai”. A frase, reconhecível para muitos, soa um tanto mais desafiadora quando o genitor foi campeão olímpico. Para Lucas Righi, no entanto, trata-se apenas de uma forma de se motivar a ser melhor a cada dia. E tem dado certo: o ponteiro de 16 anos é uma das grandes promessas da base do time de vôlei do Cruzeiro.
O pai de Righi é Janelson, medalhista de ouro com a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. Anos depois, vê o filho seguir seus passos não apenas na modalidade, mas também na escolha da posição em quadra. “Em cada treino, cada bola, eu dou tudo de mim para ser melhor que ele”, seguiu o garoto.
A herança familiar e o bom desempenho em quadra chamaram a atenção da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Nesta segunda-feira (4/8), a entidade que gerencia a modalidade no mundo publicou um perfil do jogador do Cruzeiro. É nele que Righi falou sobre a relação com o pai e o desejo de construir a própria história.
“É sempre bom ter um modelo em casa. Ele sempre me ajuda, me dá dicas, diz o que fazer na recepção, no ataque, por aí vai”, pontuou. “É incrível saber que o meu grande sonho (medalha de ouro olímpica) já está na minha casa, ainda que não seja minha”.
Righi no Mundial Sub-19
O jovem chamou a atenção da FIVB durante a participação no Campeonato Mundial Sub-19, apesar da campanha pouco empolgante da Seleção Brasileira em Tashkent, no Uzbequistão. O Brasil terminou o torneio na modesta décima colocação, com cinco vitórias e quatro derrotas em nove jogos.
“Foi incrível. Eu pude ver o que atletas da minha idade conseguem fazer em outros países. É bom saber qual o meu nível e o nível dos times”, pontuou.
