CRUZEIRO

Cruzeiro: a crítica implícita de Leonardo Jardim ao trabalho de Fernando Diniz

Jardim questionou a eficácia da posse de bola da equipe antes de sua chegada, comparando-a a uma posse "estéril"

O técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim, criticou nas entrelinhas o estilo de jogo de seu antecessor, Fernando Diniz, ao comentar a posse de bola celeste neste Campeonato Brasileiro. O português minimizou a importância de ter a bola por longos períodos, enfatizando que o crucial é usá-la de forma ofensiva, no campo adversário e entre as linhas, para criar jogadas de ataque.

Jardim questionou a eficácia da posse de bola da equipe antes de sua chegada, comparando-a a uma posse “estéril”.

“O importante da posse é se ela é estéril ou não. Porque uma posse de central (zagueiro) para lateral e lateral para central não serve. Vocês sabem que o Cruzeiro antes de eu chegar aqui era uma equipe com uma posse muito alta. E essa posse é significativa de jogar bem ou de atacar? Não. Então, qual a importância da posse? Se você me disser que a posse é dentro do meio-campo adversário e entre as linhas, top. Agora, a bola para goleiro, para lateral, para central (não serve)”, afirmou.

“Posse, para mim, tem que ser construtiva para construir (o jogo ofensivo) e agressiva para jogar dentro do meio-campo adversário. Isso, para mim, é importante. E, quando vocês falam posse, é o pacote inteiro, incluindo passe de central para lateral. É por isso que as outras equipes têm mais posse, porque quando a gente está ganhando a gente os deixa com a bola e vamos descansando as costas (risos)”, acrescentou.

Cruzeiro de Diniz x Cruzeiro de Jardim

  • Sob o comando de Diniz, o Cruzeiro era conhecido por ter a posse de bola, mas de forma passiva, com pouca intensidade e ineficaz ofensivamente.
  • Com Jardim, o time se tornou mais vertical, como no segundo gol contra o Internacional, quando William roubou a bola e Kaio Jorge finalizou em poucos segundos.

O que parece faltar ao time de Leonardo Jardim, de acordo com uma opinião geral de parte da torcida, é o controle do jogo com a posse de bola quando está em vantagem no placar, “cozinhando” o adversário e fazendo o tempo correr. Muitas vezes, o Cruzeiro tem sofrido por não ter esse domínio do jogo com a bola nos pés.

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