O treinador da Seleção Boliviana, Oscar Villegas, fez questão de rechaçar a possibilidade do retorno do ex-atacante Marcelo Moreno, ídolo do Cruzeiro, à Seleção Boliviana. “Essa história não é séria. Ele foi um grandíssimo jogador, mas já faz um ano que ele não joga, e primeiro deveria conseguir um clube”.
Empolgado com a campanha da Bolívia nas Eliminatórias, Moreno afirmou a vários veículos de imprensa que cogita abandonar a aposentadoria caso La Verde consiga a classificação para a próxima Copa do Mundo.
“Se a Bolívia for para o Mundial, vou tentar fazer de tudo, mas eu volto a jogar. Meu sonho, cara. Meu sonho tem que se cumprir em campo, jogando o Mundial”, disse o ex-jogador do Cruzeiro.
Com a vitória sobre o Brasil por 1 a 0, a Bolívia ficou na sétima posição das Eliminatórias, com 20 pontos em 18 jogos (seis vitórias, dois empates e dez derrotas), e garantiu presença na repescagem do Mundial.
A Nova Caledônia, da Oceania, também está na disputa. Outras quatro seleções (uma da Ásia, duas das Américas Central e uma da África) entrarão na briga pelas duas vagas finais.
A Bolívia disputou a Copa do Mundo em 1930, 1950 e 1994.
Carreira de Marcelo Moreno
Marcelo Moreno iniciou sua carreira como atleta no Oriente Petrolero, da Bolívia. Depois, passou por Vitória; Shakhtar Donetsk, da Ucrânia; Werder Bremen, da Alemanha; Wigan Athletic, da Inglaterra; Grêmio; Flamengo; Changchun Yatai, Wuhan Zall e Shijiazhuang Ever Bright, ambos da China.
Em quase 20 anos como jogador profissional, Moreno disputou mais de 600 partidas e marcou 214 gols. O camisa 9 é o maior artilheiro da história da Seleção da Bolívia, com 31 tentos em 108 jogos.
Marcelo Moreno no Cruzeiro
Nas três passagens pelo Cruzeiro, Marcelo Moreno disputou 147 jogos e marcou 54 gols, estabelecendo-se como o maior artilheiro estrangeiro do clube. O boliviano conquistou três títulos: Mineiro de 2008 e 2014 e Brasileiro de 2014. Moreno foi artilheiro da Copa Libertadores de 2008, com oito gols.
No Brasileirão de 2014, balançou a rede 15 vezes, mesmo número do companheiro de equipe Ricardo Goulart e abaixo de Fred, do Fluminense (18), e Henrique Dourado, do Palmeiras (16).
Chamado de ‘Flecheiro’ por celebrar os gols simulando tiros com arco, Marcelo se destacou por ser um bom cabeceador e pela garra e determinação demonstradas nas partidas. Tais características o fizeram cair nas graças da torcida cruzeirense.
Em 2020, Moreno retornou à Toca em fase não tão boa tecnicamente. Ainda assim, contribuiu bastante com o clube, a ponto de emprestar dinheiro em meio à crise financeira agravada pela queda à Série B.