CRUZEIRO

Palmeirenses envolvidos em emboscada que matou torcedor do Cruzeiro vão a júri popular

Em outubro de 2024, torcedores da Mancha Verde, organizada do Palmeiras, atacaram integrantes da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro; um cruzeirense morreu

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Em 27 de outubro de 2024, torcedores da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, foram atacados por integrantes da Mancha Verde, organizada do Palmeiras, na Rodovia Fernão Dias, próximo à cidade de Mairiporã (SP). A emboscada, que resultou na morte de um cruzeirense, ganhou novo capítulo. Nessa sexta-feira (26/9), 20 réus foram pronunciados pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal do Júri.

Os acusados respondem pelos crimes de homicídio qualificado, nas formas consumada e tentada, incêndio e interrupção de serviço coletivo. Dois deles também foram denunciados por adulteração de identificação de veículo automotor.

As defesas dos réus podem recorrer da sentença de pronúncia. Portanto, a data do julgamento só será determinada quando terminar a fase de recursos – e caso a sentença seja mantida. O processo está sob segredo de justiça e, por isso, não há outras informações públicas.

De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), 16 denunciados estão presos, enquanto quatro seguem foragidos.

Relembre o episódio

Naquela manhã de domingo, as redes sociais foram alimentadas com diversos vídeos de torcedores cruzeirenses ensanguentados, desacordados e espancados. Tratava-se de uma emboscada organizada pela Mancha Verde.

Os palmeirenses em questão abordaram na Fernão Dias um comboio de ônibus – um foi incendiado e outro teve vidros quebrados – de torcedores do Cruzeiro que voltavam de Curitiba (PR) depois da derrota celeste por 3 a 0 para o Athletico Paranaense, no sábado (26/10), pelo Campeonato Brasileiro.

José Victor Miranda morreu e outros 12 cruzeirenses ficaram feridos – foram atendidos por equipes de resgate da Arteris, concessionária da Fernão Dias, e levados ao Pronto Socorro Anjo Gabriel, em Mairiporã.

Desde então, a Mancha Verde está proibida de frequentar jogos no estado de São Paulo. A Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou que ‘indumentárias e objetos’ ligados à organizada palmeirense não poderão entrar nos estádios paulistas. Na prática, os membros da Mancha Verde podem frequentar os jogos, mas sem identificação com a torcida.

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