Maria Luiza, filha de Cássio, goleiro do Cruzeiro, agora é nome de uma lei sancionada em Uberlândia, cidade do Triângulo Mineiro. A Lei Maria Luiza garante a inclusão de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas privadas da cidade.
A Lei nº14.588/2025 é de autoria dos vereadores Ronaldo Tannús, Amanda Gondim e Liza Prado, e foi sancionada pelo prefeito Paulo Sérgio Ferreira na última segunda-feira (27/10) e já está em vigor.
“A partir de agora, nenhuma escola poderá recusar matrícula, criar exigências adicionais ou cobrar valores diferenciados por motivo de autismo. Mais um passo pela inclusão, respeito e igualdade de oportunidades”, disse o vereador Ronaldo Tannús em publicação nas redes sociais.
Dentro das determinações, as escolas de Uberlândia que se recusarem a receber estudantes com autismo devem emitir um documento que comprove a negativa. Desse modo, em caso de recusa por motivo discriminatório, a instituição pode ser punida.
São considerados motivos discriminatórios: recusa ou omissão no fornecimento de acompanhante, negativa de matrícula sob qualquer justificativa relacionada ao diagnóstico de autismo; criação de exigências adicionais, financeiras ou burocráticas, que não sejam aplicadas a outros estudantes, e cobrança de valores extras em razão da condição do aluno com TEA.
Desabafo de Cássio e situação de Maria Luiza
Em agosto deste ano, Cássio fez um forte desabafo nas redes sociais sobre a rejeição da filha em escolas de Belo Horizonte. O jogador contou que apenas um colégio na capital mineira aceitou a matrícula de Maria Luiza, autista não verbal, de sete anos.
No Instagram, o goleiro compartilhou a situação e criticou as escolas que se apresentaram como inclusivas, mas que recusaram a matrícula da filha.
“Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta é quase sempre a mesma: ela não é aceita. Muitas vezes somos chamados para conversar, eu e minha esposa vamos até a escola, explicamos tudo, mostramos disposição em colaborar. No final, a resposta é sempre negativa”, escreveu na época.
Maria Luiza é acompanhada de perto por uma profissional especializada desde os dois anos de idade. “O mais triste é ouvir isso justamente de escolas que se apresentam como ‘inclusivas’. Como pai, ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude”, falou o goleiro da Raposa.
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