CRUZEIRO

Como Lô Borges se tornou torcedor do Cruzeiro?

Cruzeiro foi uma das paixões do cantor e compostor Lô Borges, que morreu aos 73 anos em consequência de uma intoxicação medicamentosa

O Cruzeiro foi uma das paixões do cantor e compostor Lô Borges (1952-2025). A geração responsável por cativar o coração de um dos fundadores do movimento Clube da Esquina é a mesma que estabeleceu o clube como uma das potências da América do Sul.

Lô Borges citou a escalação do time campeão da Taça Brasil de 1966, com vitórias sobre o Santos de Pelé por 6 a 2, no Mineirão, e 3 a 2, no Pacaembu. O então adolescente assistiu à partida “in loco” no Gigante da Pampulha.

“Sou cruzeirense por causa do Raul, Pedro Paulo, William, Procópio, Neco, Piazza, Dirceu Lopes, Tostão, Natal, Evaldo e Hilton Oliveira”, disse o músico, em entrevista ao SporTV, em 2013.

“Eu tinha 14 anos quando esse time encantou o Brasil e o mundo. O mundo talvez não, porque não chegou a ser campeão da Libertadores. Mas é um time inesquecível. O time foi capaz de fazer 5 a 0 no primeiro tempo com o Santos de Pelé. Aquilo para mim foi uma coisa definitiva no futebol”.

Lô Borges

Lô Borges (direita) era torcedor do Cruzeiro(foto: Divulgação / Cruzeiro)

Trem Azul é uma homenagem ao Cruzeiro?

A canção “Trem Azul” é frequentemente associada ao Cruzeiro. Lô Borges afirmava que a letra foi inspirada em uma viagem do compositor Ronaldo Bastos à Europa. Contudo, a interpretação dos torcedores celestes também é válida.

“Parte da torcida do Cruzeiro acha que a música é uma homenagem ao Cruzeiro. Não deixa de ser porque a música é de um cruzeirense. Agora, a letra é do Ronaldo Bastos, que é um cara de Niterói, que fez a letra viajando na Europa. Ele estava indo de Paris para Amsterdã, e o trem era azul”.

“Para mim, casou tudo, porque trem azul com o cara falando lá da Europa, eu falando da minha emoção, que era a emoção de ver o time do Cruzeiro jogar. Então virou Trem Azul. Qualquer interpretação é válida”.

Lô Borges

Morte de Lô Borges

Salomão Borges Filho morreu no domingo (2/11), aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, desde 17 de outubro, após apresentar um quadro de intoxicação medicamentosa.

O funeral do cantor ocorreu no Palácio das Artes, em BH. Nas últimas homenagens, familiares e amigos mais próximos cantaram o hino do Cruzeiro, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”. Do lado de fora, o público também interpretou músicas de Lô.

Compartilhe
Sair da versão mobile