Ídolo histórico do Cruzeiro, Marcelo Ramos relembrou em entrevista o dia em que teve que trocar o ataque pelo gol para salvar o time na reta final de uma partida decisiva.
A situação inusitada ocorreu em 2 de dezembro de 1998, num confronto da Raposa com o San Lorenzo, em Buenos Aires, na Argentina. Ele contou detalhes em entrevista ao site do Cruzeiro.
Como foi o jogo?
O estádio Nuevo Gasómetro recebeu naquela ocasião a volta da semifinal da Copa Mercosul, que terminou empatada em 1 a 1. Sem poder contar com Dida, Paulo César Borges foi escalado como titular da meta celeste. O goleiro foi expulso aos 44′ do segundo tempo. Ambos os gols ocorreram antes do cartão vermelho.
Como já havia feito todas as substituições, o técnico Levir Culpi precisou colocar um jogador de linha embaixo das redes. Ele optou pelo atacante Marcelo Ramos, que cumpriu com o recado e segurou a pressão do rival nos minutos finais de jogo. O centroavante fez uma defesa.
Marcelo Ramos relembra jogo como goleiro pelo Cruzeiro
“Sempre tinha o rachão na véspera dos jogos, eu gostava de ir no gol. Eu defendia bem e falei com o Levir: ‘Quem vai no gol no rachão sou eu, quem tem que ir no gol sou eu, para o time poder fechar a zaga’. Eu falei só para evitar de deixar a bola chegar na área, evitar o chute de fora da área e se fechar”
Marcelo Ramos, ídolo do Cruzeiro
“Depois é resenha no vestiário. Passa a tensão, e os caras dão risada contando de quando eu fui para o gol. Às vezes, em casa, eu fico vendo e começo a dar risada.”
“Eu pequenininho no gol, e aquela blusa de goleiro grandona. Depois que passa, é muito legal. Eu era bom de fazer gol de cabeça, de posicionar na área, mas sair para fazer defesa no cruzamento era bem difícil.”
Cruzeiro na Copa Mercosul de 1998
O empate por 1 a 1 com o San Lorenzo foi o suficiente para classificar a Raposa à final da Mercosul. Na ida, o Cruzeiro havia vencido por 1 a 0 no Mineirão, em Belo Horizonte. A equipe celeste chegou à decisão do torneio e perdeu para o Palmeiras.
