Quatro jogadores têm contrato com o Cruzeiro até o fim de 2025. Três deles já têm as situações definidas: o zagueiro Mateo Gamarra, o meio-campista Eduardo e o atacante Yannick Bolasie não renovarão com o clube. O lateral-direito Fagner, por sua vez, ainda não conhece o futuro. A Raposa aguarda intenções de Tite, novo treinador, para investir na permanência do defensor.
Pertencente ao Corinthians, Fagner assinou contrato de empréstimo com o Cruzeiro por um ano no início da atual temporada – com parte do salário ainda sendo bancada pela equipe paulista. Henrique Lemos, filho do atleta, também se transferiu à Raposa para defender a equipe sub-15.
Conforme apurado pelo No Ataque em outubro, a prioridade de Fagner, de 36 anos, é seguir em Belo Horizonte – o vínculo com o Corinthians se encerra em 2026. O desejo envolve alguns fatores. Entre eles, a própria satisfação individual, a adaptação da família e o desempenho do filho.
A chegada de Tite ao comando técnico do Cruzeiro tem relação direta com a situação do defensor. A reportagem soube que a diretoria celeste aguarda considerações do novo treinador para investir na permanência de Fagner. A definição, portanto, deve ocorrer nos próximos dias, respeitando a duração do contrato.
Fagner e Tite já trabalharam juntos
Fagner e Tite têm relação antiga. Ambos trabalharam juntos no Corinthians, entre 2015 e 2016. Naquele período, conquistaram o título do Campeonato Brasileiro.
Logo em seguida, Tite assumiu o comando da Seleção Brasileira e não ‘esqueceu’ Fagner, presente em muitas convocações. Em 2019, a dupla conquistou a Copa América. Em 2022, o treinador levou o defensor para a Copa do Mundo – a equipe nacional deixou a competição nas quartas de final, para a Croácia.
Fagner no Cruzeiro
Quando chegou ao Cruzeiro, Fagner tinha a missão de disputar posição com William. O então recém-chegado ganhou a vaga na lateral no empate por 1 a 1 com o São Paulo, em 13 de abril, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, quando o ex-técnico celeste Leonardo Jardim promoveu mudanças à época consideradas inesperadas pela torcida.
A partir daquele momento, Fagner ganhou descansos e iniciou no banco no primeiro jogo com o Vila Nova, pela terceira fase da Copa do Brasil – vitória por 2 a 0 –, e em dois compromissos pela Copa Sul-Americana – campeonato no qual o Cruzeiro já ensaiava despedida precoce.
Àquela altura, a disputa pelo espaço na ala era ferrenha, e ambas as peças alternavam. Especificamente em 30 de julho, Fagner foi obrigado a sair da ‘briga’. Naquele empate sem gols com o CRB, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o lateral sofreu forte entrada do atacante William Pottker e fraturou a fíbula da perna direita.
A recuperação durou mais do que o esperado. Fagner iniciou a etapa de transição física em 23 de setembro, mas precisou de mais tempo do que o previsto, já que ainda lidava com dores no local lesionado. Ele voltou a ser relacionado no duelo com o Ceará, em 29 de novembro, pela 36ª rodada do Brasileiro, mas não entrou em campo.
No último compromisso do clube na Série A, a derrota por 3 a 0 para o Santos, o defensor atuou por 90 minutos. Fagner soma 17 jogos e uma assistência com a camisa estrelada. Na reta final da temporada, ele também lidou com a concorrência de Kauã Moraes, jovem de 19 anos que se transferiu ao Cruzeiro em setembro.
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