ESPORTE NA TV

‘Perfil de Tite casa com o do Cruzeiro’, diz Vitor Sérgio Rodrigues

'O fato de ele não ter feito um bom trabalho no Flamengo não quer dizer que ele deixou de ser um técnico muito bom para os padrões brasileiros', disse o comentarista

O comentarista Vitor Sérgio Rodrigues (VSR) acredita que o Cruzeiro acertou ao contratar o técnico Tite para substituir o português Leonardo Jardim. Para o jornalista, a escolha vai além da tática, envolvendo o perfil do clube.

“Acho que o perfil do Tite é um perfil que casa com o do Cruzeiro, acredito nisso. Não acho que o futebol seja só tático, técnico e físico; acho que o futebol é uma junção de fatores, e acho que o perfil do clube é uma coisa que existe.”

VSR relembrou o último trabalho do Tite no Flamengo (2023-2024). Segundo ele, nunca houve conexão entre o treinador e a torcida rubro-negra.

“Desde o início havia uma questão do perfil do Tite. As pessoas têm um jeito, o perfil do Tite não casava com o perfil da torcida do Flamengo. Acho que isso foi um problema, foi uma relação de tolerância, acho que nunca houve uma identificação. E acho que o perfil do Tite, um técnico mais racional, mais low profile, acho que casa com o perfil da torcida do Cruzeiro”.

Tite não está ultrapassado, diz jornalista

O jornalista contestou a ideia de que o treinador estaria em declínio. “A gente não pode tratar o Tite como um técnico que acabou. Neste sentido, o Cruzeiro contratou um técnico que tem condições de fazer o Cruzeiro dar um passo à frente”.

“Tite vem de seis anos de trabalho na Seleção, bons trabalhos, dizia isso na época e continuo dizendo. Na primeira Copa, ele sentiu muito e acho que tomou decisões ruins. E na segunda Copa acho que ele errou na eliminação para a Croácia, ele demorou a entender o que a Croácia queria fazer, mas no segundo tempo ele fez um bom trabalho, os minutos finais não foram culpa dele”.

Sobre o trabalho no Flamengo, VSR criticou o desempenho de Tite.

“O trabalho no Flamengo foi ruim. Critiquei demais o Tite pelo trabalho depender demais do ano excepcional do Pedro até ele se machucar, e depois sem o Pedro a gente viu o quão frágil era o trabalho. O fato de ele não ter feito um bom trabalho no Flamengo não quer dizer que ele deixou de ser um técnico muito bom para os padrões brasileiros”.

Compartilhe
Sair da versão mobile