O técnico Leonardo Jardim se despediu do Cruzeiro no dia 15 de dezembro com o discurso de que estava desgastado física e mentalmente. Na ocasião, ele mencionou que não estaria 100% em janeiro, quando se inicia o calendário do futebol brasileiro em 2026.
Pouco menos de um mês depois, o nome do treinador português passou a ser especulado no Flamengo. No entanto, pelo que disse em seu último dia à frente da Raposa, Jardim não deve assumir nenhum clube neste momento.
Motivos pessoais para saída do Cruzeiro
Jardim detalhou que a decisão de deixar o Cruzeiro, mesmo com uma proposta de renovação com altos valores em mãos, passou por questões que vão além das quatro linhas.
“Primeiro, o desgaste de todo este ano, não só desportivo, mas minhas coisas pessoais. Alguns sinais me alertaram: ‘Jardim, para um pouco, sua saúde física e mental tem que ser preservada’. Não é a primeira vez que faço isso. Depois de seis anos no Monaco, parei um ano e meio para refletir sobre a vida, para me recuperar e estar com energia. Não acredito que o trabalho do treinador pode ser feito de qualquer forma”, completou.
O treinador reforçou que, apesar da amizade com Pedro Lourenço, dono de 90% as ações da SAF do Cruzeiro, precisava se afastar do futebol neste momento, citando drama familiar vivido no início de 2025 que o desgastou.
“O acontecimento de janeiro foi muito marcante para mim. Passar aqueles 45 dias com minha esposa entre a vida e a morte. Tive três anos e meio no Oriente, é um desgaste acumulado. Não houve outro motivo. Nem as críticas que fiz ao Brasileiro, nem viagens”, disse Jardim, que havia reclamado das longas viagens no país, além da arbitragem, do gramado e do calendário brasileiro.
Jardim pode assumir o Flamengo?
Embora o nome de Jardim seja estudado pela diretoria rubro-negra caso Filipe Luís não renove, o próprio português já havia fechado essa porta anteriormente. Em agosto, ele foi categórico sobre seu futuro no país.
“Não vou treinar outro clube no Brasil. Depois do Cruzeiro, se eu ainda for treinar outro clube, eu vou para uma seleção ou fazer outra coisa qualquer. Eu sou cruzeirense agora. Eu vou à Grécia e sou Olympiacos, vou à França e sou Monaco. No Brasil, eu sou Cruzeiro e não vou treinar mais nenhum clube no Brasil que não seja o Cruzeiro”.
