O jornalista Fábio Sormani manifestou sua indignação após vídeo postado pelo perfil Nostalgia 5 Estrelas, no X (antigo Twitter), relembrar um lance decisivo da final do Campeonato Brasileiro de 1974, entre Cruzeiro e Vasco, no Maracanã.
Na jogada em questão, o meia Zé Carlos aproveitou cruzamento e empatou a partida – o gol daria o título ao Cruzeiro. Contudo, o árbitro Armando Marques anulou a jogada e, pouco depois, encerrou o jogo, confirmando a vitória vascaína por 2 a 1.
Sormani detonou a atuação do juiz e afirmou que a Raposa foi prejudicada.
“Armando Marques: um dos PIORES árbitros do nosso futebol. Vejam o vídeo: ele TOMOU do Cruzeiro o título brasileiro de 1974. Tirou um Paulista do Palmeiras em 71 e, em 73, errou na contagem dos pênaltis entre Santos e Portuguesa. Foi AFASTADO pela FIFA no Mundial de 74, na Alemanha”, disparou o jornalista.
Armando Marques: um dos PIORES árbitros do nosso futebol. Vejam o vídeo: ele TOMOU do Cruzeiro o título brasileiro de 1974. Tirou um Paulista do Palmeiras em 71 e em 73 errou na contagem dos pênaltis entre Santos e Portuguesa. Foi AFASTADO pela Fifa no Mundial de 74 na Alemanha. https://t.co/oXcEZTEWXC
— FABIO SORMANI (@fabio_sormani57) December 27, 2025
‘Sem arrependimentos’: a postura de Armando Marques
Em entrevista ao Superesportes em 2012, dois anos antes de sua morte, Armando Marques afirmou que não se lembrava do lance e que não faria reparos à sua carreira. Questionado sobre as críticas, ele respondeu com naturalidade:
“Eles (os críticos) falam o que querem. Estão por cima da carne-seca. Eu fico com a minha consciência. Não dou bola para eles”, disse na ocasião. “Não me arrependo de nada. Sou kardecista. Nós não temos ciúmes, nem ódio, nem nada disso no coração”, complementou.
A polêmica além do campo: a mudança do mando de campo
A controvérsia daquela final começou antes mesmo do apito inicial. Devido à melhor campanha, o Cruzeiro teria o direito de decidir no Mineirão. No entanto, o Vasco conseguiu a inversão do mando na Justiça Desportiva, alegando que dirigentes celestes tentaram agredir o árbitro Sebastião Rufino em um jogo anterior. Sem força política nos bastidores da época, o Cruzeiro acabou aceitando jogar no Rio de Janeiro.
No Maracanã lotado por mais de 112 mil torcedores, Ademir abriu o placar para o Vasco. O Cruzeiro empatou com Nelinho no segundo tempo, mas Jorginho Carvoeiro desempatou para os cariocas. No apagar das luzes, veio o gol de Zé Carlos. O meia estava em posição legal, mas Armando Marques anulou o tento por um “motivo misterioso” que nunca foi esclarecido.