Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim deu entrevista à rádio CBN neste domingo (31/3) e comentou a possibilidade de implementar a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube carioca. O dirigente deixou claro que não aceitará o modelo adotado por Cruzeiro, Botafogo e Vasco.
Landim também falou sobre a construção de um estádio para o time rubro-negro. Ele estimou um custo de R$ 2 bilhões para a realização do “sonho da casa própria”. O Flamengo busca um terreno na região do Gasômetro e tenta financiamento para a empreitada.
Presidente do Flamengo aponta modelos inaceitáveis de SAF
Rodolfo Landim respondeu sobre uma das questões mais recorrentes em relação ao futuro estádio: uma eventual SAF. O presidente rubro-negro ainda não bateu o martelo sobre o que pretende fazer, mas deixou claro que já sabe o que não quer: aceitar uma proposta proposta em que o Flamengo perdesse o controle das decisões.
“Eu sou um defensor, talvez o maior no Flamengo, eu defendo que não existe razão para que, diferentemente de outros clubes, o Flamengo não mantenha a associação desportiva controlando o futebol. As pessoas quando associam a imagem da SAF, como veio aqui no Brasil como solução para salvar os clubes da falência… você vê o Botafogo, Cruzeiro e Vasco vendendo % e perdendo totalmente o controle do futebol. Entendo que o Flamengo não tem a menor razão para isso”
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo
Ele também descartou a hipótese de uma parceria semelhante à do Palmeiras com a WTorre. Após a assinatura do contrato, a empresa ganhou o direito de promover eventos no Allianz – inclusive shows de música – durante 30 anos. Agora, nove anos após a inauguração do estádio, a dívida da WTorre com o Palmeiras chega a R$ 160 milhões, e o caso foi parar na Justiça.
“No modelo do Palmeiras, no dia seguinte o sócio está brigando com você, já que quer aumentar a receita do estádio e diminuir a do clube. Esse modelo é ruim. A gente está vendo, mas eu já antecipava os problemas que o Palmeiras está tendo”, afirmou.
Elogios ao modelo do Bayern
Um modelo que recebeu comentário favorável de Landim é o do Bayern de Munique, da Alemanha. O clube vendeu uma parcela minoritária do capital e, por isso, não deixou de ter o poder de decisão internamente.
“O Bayern vendeu 25%. Continua tendo 75% . Tem oito conselheiros na empresa e cada sócio minoritário tem um. Então, ele manda no clube”, concluiu o dirigente.