Atacante e ídolo do Flamengo, Bruno Henrique é investigado por suspeita de envolvimento com manipulação para beneficiar apostas esportivas. Além dele, familiares e amigos são alvos da Polícia Federal e do Ministério Público.
Natural de Belo Horizonte, Bruno é suspeito de ter levado um cartão amarelo de forma deliberada para beneficiar apostadores. Isso ocorreu no jogo entre Flamengo e Santos, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time carioca perdeu a partida por 2 a 1.
Nos acréscimos do confronto, o atacante levou o amarelo por fazer falta no atacante Soteldo, do Santos. Logo em seguida, Bruno Henrique ‘perdeu a cabeça’, começou a ofender o árbitro do jogo, Rafael Klein, e acabou expulso.
Outros investigados
Além do jogador do Flamengo, são investigados o irmão do dele, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada Ludymilla Araujo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso.
Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes em Belo Horizonte, também são investigados.
Familiares apostaram que Bruno levaria cartão
Relatório da Internacional Betting Integrity Association (Ibia), entidade reconhecida internacionalmente no monitoramento do setor de apostas, notou que houve um volume incomum de apostas no jogo entre Flamengo e Santos.
De acordo com a investigação, amigos e parentes de Bruno Henrique apostaram que o atacante levaria um cartão amarelo durante o jogo e se beneficiaram disso.
“Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, disse o MP.
Bruno Henrique ainda não se pronunciou sobre a investigação.