A construção do estádio do Flamengo está cada vez mais próxima. Nesta segunda-feira (25/11), o presidente do rubro-negro, Rodolfo Landim, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), assinaram compromisso para viabilizar a construção do estádio do clube na área do Porto Maravilha.
O encontro ocorreu no Salão Nobre da sede da Gávea, na Zona Sul da cidade. Eles também estavam acompanhados do vice-presidente geral, Rodrigo Dunshee, e o vice-presidente de patrimônio, Marcos Bodin.
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, iniciou as apresentações abordando a importância da construção do estádio não só para o Flamengo, mas para capital carioca.
“A gente precisa contextualizar essa conquista importante para cidade, para o Flamengo. Óbvio que o Flamengo tem uma identidade enorme com o Maracanã, mas o Maracanã tem uma dimensão pública que vai impedi-lo, sempre, de pertencer a um clube. O Vascão vai voltar às boas e vai usar o Maracanã, o Botafogo também, a Seleção… Apesar de toda grandiosidade do Flamengo, o Maracanã tem uma dimensão maior do que ser casa do Flamengo. Independente dos ganhos econômicos para o Rio e para o clube e de toda essa estrutura que vemos aqui, tem mais coisa boa”, disse o prefeito.
Ele brincou após “provocação” do Flamengo com o Vasco: “Vontade de ir embora e não assinar porcaria nenhuma”. Veja o vídeo abaixo.
O acordo de intenções prevê a elaboração de um Projeto de Lei pelo Município, para estabelecer uma operação consorciada utilizando transferência do direito de construir, a fim de que o Flamengo obtenha recursos para a construção o estádio.
Sobre o estádio do Flamengo
O “nascimento” do estádio do Flamengo é um projeto de décadas. O clube conseguiu comprar um terreno de 86.592 m² por R$ 138,195 milhões, valor mínimo estipulado pela prefeitura no edital da desapropriação do local, no Bairro de São Cristóvão, na Região do Gasômetro, a poucos metros do Centro.
O Flamengo apresentou, na noite da última sexta-feira (22), o projeto da construção. O clube estima investimento total de R$ 1,93 bilhão, com todos os gastos previstos, desde o terreno até o paisagismo. A previsão é de inauguração em 15 de novembro de 2029, aniversário do clube.
Para arrecadar o dinheiro, o rubro-negro planeja embolsar mais de R$ 2 bilhões em receitas relacionadas ao estádio. Entre elas, estão R$ 1,5 bilhão de naming rights, venda de 1 mil cadeiras perpétuas, cinco mil cadeiras por cinco anos e camarotes por 20 anos.
Rodolfo Landim, mandatário rubro-negro, ainda revelou que a contribuição total da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro para viabilizar a construção do estádio deve girar em torno de R$ 1 bilhão.
Início das obras?
O Flamengo projetou seu estádio para ser o mais alto que o Maracanã e o Santiago Bernabéu, com 60 metros de altura, equivalente a um prédio de 20 andares. Além disso, haverá 16 rampas de acesso para o interior da estrutura. As obras devem começar apenas no início de 2026, enquanto o ano que vem deve ser reservado para mais burocracias.
Um dos destaques do projeto é a pressão que o estádio pretende criar sobre os adversários. O espaço entre a arquibancada e o gramado será um dos menores do Brasil. Somado a isso, estudos do clube apontam que a acústica da arquibancada norte, destinada à torcida do Flamengo, chegará ao campo com 16 decibéis a mais que o normal.
O estádio deve ter capacidade para pouco mais de 77 mil pessoas (o Maracanã suporta 78 mil). Também há a previsão de um telão do lado de fora para a concentração de torcedores.
Rodolfo Landim
Landim aproveitou a oportunidade para reiterar todo apoio recebido por Eduardo Paes no processo de compra e fomentação do inovador projeto.
“Agradecer ao prefeito que está cumprindo sua promessa que já tinha feito em vídeo, que é relativo ao potencial construtivo aqui da Gávea. Conforme ele sempre falou, o dinheiro carimbado que vai nos dar para nos ajudar na construção do nosso estádio. Só lembrando, a prefeitura não só nos ajudou no processo ao desapropriar o terreno e ao renegociar todo potencial construtivo que existia no terreno para toda outras áreas, mas cedendo isso e tralhando para que isso fosse feito num processo de mediação com a AGU. Com isso, nos liberou para todo potencial construtivo para nosso estádio”, afirmou.