Na temporada de estreia na Série A do Campeonato Brasileiro, o Mirassol garantiu vaga na Copa Libertadores de 2026. A classificação matemática do time do interior paulista ao torneio da Conmebol veio sem entrar em campo: vitória do Corinthians por 3 a 1 sobre o São Paulo, na Neo Química Arena, nessa quinta-feira (20/11), pela 34ª rodada do Brasileirão.
Um dia antes, o Mirassol havia empatado por 1 a 1 com o Santos, na Vila Belmiro. Os resultados deixaram o Leão Caipira com 60 pontos, na quarta posição do Brasileiro.
A quatro rodadas do fim da Série A, a equipe do técnico Rafael Guanaes busca, agora, a vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2026.
De acordo com os cálculos do Departamento de Matemática da UFMG, o clube que precisa obter entre 63 a 66 pontos para terminar o Campeonato Brasileiro entre os cinco primeiros colocados – o que garante a vaga direta no torneio.
A campanha do Mirassol remete a de outros clubes que chegaram à Copa Libertadores de forma ‘surpreendente’. Veja abaixo!
América
Atualmente na Série B, o América disputou a Libertadores de 2022 graças à campanha no Campeonato Brasileiro do ano anterior. O Coelho terminou a competição de 2021 na oitava colocação e garantiu vaga na fase preliminar do torneio continental.
Na ‘pré-Libertadores’, o América eliminou Guarani-PAR e Barcelona-EQU, ambos nos pênaltis, e chegou à fase de grupos.
O Coelho caiu no Grupo D ao lado do rival Atlético. No entanto, acabou eliminado sem vitória e na lanterna da chave. Foram quatro derrotas e dois empates em seis rodadas.
Bangu
Vice-campeão brasileiro em 1985 – perdeu a final para o Coritiba -, o Bangu disputou a Libertadores do ano seguinte.
Na fase de grupos do torneio, o clube carioca decepcionou e foi eliminado como lanterna. Foram quatro derrotas e dois empates em seis rodadas no Grupo 3. Coritiba, Barcelona-EQU e Deportivo Quito-EQU eram os adversários da chave.
Bragantino
O Bragantino disputou a Copa Libertadores em 2022 e 2024. Em ambas as oportunidades, a classificação foi por causa da campanha no Brasileiro.
Em 2022, o time de Bragança Paulista foi eliminado na fase de grupos. Terminou em última na chave que os tradicionais Estudiantes, Nacional-URU e Vélez Sarsfield.
Em 2024, o Bragantino passou pelo Águilas Doradas-COL na fase preliminar, mas caiu diante do Botafogo (que seria campeão naquele ano), na tentativa de chegar à fase de grupos.
Chapecoense
A estreia da Chape na Libertadores foi em 2017, ano seguinte ao título da Sul-Americana recebido após o acidente aéreo que vitimou jogadores e dirigentes do clube, entre outras pessoas.
Naquele ano, a Chapeconese terminou na terceira posição do grupo que tinha Lanús-ARG, Nacional-URU, Zulia-VEN.
O clube de Santa Catarina retornou à Libertadores em 2018 depois de terminar o Campeonato Brasileiro na oitava posição. No entanto, o time de Chapecó foi eliminado pelo Nacional-URU, tricampeão do torneio, na fase preliminar.
Criciúma
O Criciúma garantiu sua vaga na Libertadores de 1992 com o título da Copa do Brasil do ano anterior. Na ocasião, o Tigre era comandado por Luiz Felipe Scolari e superou o Grêmio na decisão.
Na Libertadores, o Criciúma avançou no grupo que tinha São Paulo e os bolivianos San José e Bolívar como adversários.
Nas oitavas de final, o time de Santa Catarina passou pelo Sporting Cristal. Nas quartas, o Criciúma encerrou a campanha histórica diante do São Paulo, campeão da Libertadores naquele ano.
Goiás
Terceiro colocado do Campeonato Brasileiro de 2005, o Goiás fez boa campanha na única vez que disputou a Libertadores.
Na edição de 2006, o Esmeraldino avançou às oitavas em grupo que tinha Estudiantes, The Strongest-BOL e Unión Española-CHI como concorrentes.
No mata-mata, o Goiás foi eliminado pelo Estudiantes, que havia terminado como líder do grupo na fase anterior.
Juventude
O Juventude garantiu vaga na Libertadores de 2000 ao conquistar o título inédito da Copa do Brasil de 1999, derrotando o Botafogo na final.
Sorteado no Grupo G, time gaúcho teve campanha de duas vitórias, um empate e três derrotas, sendo eliminado na terceira colocação. Palmeiras, El Nacional-EQU e The Strongest-BOL foram os adversários da chave.
Náutico
O Náutico chegou à Libertadores de 1968 como vice-campeão da Taça Brasil do ano anterior – perdeu o título para o Palmeiras.
O Timbu acabou eliminado na fase de grupos. Palmeiras e os venezuelanos Deportivo Portugués e Deportivo Galicia eram os adversários. A campanha foi de duas vitórias, dois empates e duas derrotas.
Paraná
O Paraná Clube participou da Copa Libertadores em 2007. A classificação do tricolor foi por causa da quinta colocação no Campeonato Brasileiro de 2006.
O Paraná precisou eliminar o Cobreloa-CHIl na fase preliminar para chegar ao grupos do torneio continental. O time de Curitiba ficou atrás do Flamengo na chave e avançou às oitavas de final desbancando Real Potosí-BOL e Unión Maracaibo-VEN.
O clube, apesar de ter caído nas oitavas de final, teve participação considerada digna e conseguiu avançar da primeira fase eliminatória e da fase de grupos.
No mata-mata, o Paraná caiu diante do Libertad, com derrota em Curitiba e empate em Assunção.
Paulista
O Paulista garantiu vaga na Libertadores de 2006 ao conquistar a Copa do Brasil do ano anterior, superando o Fluminense na final.
O time de Jundiaí caiu em grupo com River Plate, Libertad-PAR e El Nacional-EQU e acabou eliminado na lanterna.
Paysandu
O Paysandu conquistou a Copa dos Campeões de 2002, batendo o Cruzeiro na decisão, e disputou a Libertadores do ano seguinte.
O Papão teve a melhor campanha geral entre os brasileiros daquela edição e avançou às oitavas de final em grupo com Cerro Porteño-PAR, Sporting Cristal-PER e Universidad Católica-CHI.
Nas oitavas de final, o clube de Belém surpreendeu o Boca Juniors em plena Bombonera, com vitória por 1 a 0. O gol foi de Iarley.
No entanto, os argentinos reverteram o placar na volta, no Mangueirão, com vitória por 4 a 2, e avançaram às quartas. O Boca foi o campeão da Libertadores de 2003, superando o Santos na decisão.
São Caetano
O São Caetano disputou a Copa Libertadores em três oportunidades. Em 2001 e 2002, o Azulão chegou ao torneio da Conmebol como vice-campeão brasileiro – perdeu os títulos para Vasco e Athletico-PR.
Na primeira participação na Libertadores, o São Caetano foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final.
No ano seguinte, o time do ABC Paulista fez história com o vice-campeonato da Libertadores. O Azulão chegou à final da competição após primeiro lugar na fase de grupos e deixar Universidad de Chile, Peñarol e América do México no mata-mata.
Na decisão, o São Caetano foi superado pelo Olímpia. Apesar da vitória no jogo de ida, no Paraguai, a equipe paulista perdeu por 2 a 1 no Anacleto Campanela e deu adeus ao sonho do título na disputa de pênaltis.
O São Caetano retornou à Libertadores em 2005 e chegou até as oitavas de final, sendo eliminado pelo Boca Juniors, novamente nos pênaltis.
