Autoridades de segurança de Minas Gerais definiram as estratégias para coibir possíveis episódios de violência em Palmeiras x São Paulo, jogo único pela final da Supercopa do Brasil, no dia 4 de fevereiro (domingo), no Mineirão, em Belo Horizonte.
A reunião desta sexta-feira (26/1) contou com as participações do diretor de operações da Polícia Militar de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho; do promotor Fernando Abreu, do Ministério Público de Minas Gerais; do delegado de eventos da Polícia Civil de MG, Félix Magno; do inspetor Fernando Morais, da Polícia Rodoviária Federal; do procurador geral do STJD, Ronaldo Piacente; do delegado César Saad, da Polícia Civil de São Paulo; e de João Paulo Delbello, representante da concessionária Arteris, que opera a Rodovia Fernão Dias. Também estiveram no encontro representantes das torcidas organizadas de Palmeiras e São Paulo.
Serão liberados, segundo o coronel Godinho, 55 mil ingressos, sendo metade para os palmeirenses e o restante para os são-paulinos. Os torcedores alviverdes ocuparão o lado Norte, onde normalmente fica a torcida do Atlético. Os do São Paulo, o lado Sul, destinado aos cruzeirenses.
Palmeirenses saem antes
Ficou acertado que os ônibus dos palmeirenses, 45 no total, viajarão antes dos são-paulinos. A partir da divisa dos dois estados, haverá escolta da PMMG para ambas as torcidas – incluindo no regresso a São Paulo.
Foi acertado com a Arteris que haverá paradas para alimentação e utilização de banheiros. Como há diferença de horário de saída das duas torcidas, não existe o risco, segundo o coronel Godinho, de que se encontrem numa mesmo ponto.
Chegada ao Mineirão
Na chegada ao Mineirão, a torcida do Palmeiras desembarca no ginásio poliesportivo Jornalista Felippe Drummond, o Mineirinho, com o acesso ao estádio sendo feito pela passarela que liga as duas praças esportivas.
A torcida do São Paulo, por sua vez, ocupará a Avenida Rei Pelé, na parte oposta ao Mineirinho. “Não haverá qualquer possibilidade de as duas torcidas se encontrarem. Em hipótese alguma”, diz o coronel Godinho.
Os acessos para as duas torcidas também estão definidos. Os palmeirenses acessarão o estádio pelos portões A, E e F, enquanto os são-paulinos, pelos B, C e D. Haverá, na área central do estádio uma área de segurança, num espaço que caberia mais cinco mil torcedores, de cada lado.
Outros aspectos de segurança
Um outro aspecto do esquema de segurança é que os ônibus, tão logo desembarquem os passageiros, serão levados para reabastecimento. “Para que ao final do jogo possam sair direto para São Paulo, sem a necessidade de terem de parar no caminho. Com isso, eliminamos qualquer chance de encontro das duas torcidas”, frisou Flávio Godinho.
Outro aspecto decidido foi o da alimentação. Antes de deixarem o Mineirão, os torcedores dos dois times farão um lanche. “Cada um receberá uma marmita”, diz o coronel.
E a torcida do time derrotado sairá primeiro do estádio. A vencedora somente deverá deixar o Mineirão depois de uma hora em relação à perdedora.
Concessões
A Polícia Militar se preocupou com cada detalhe envolvendo as organizadas. Os responsáveis deverão passar uma relação dos nomes dos torcedores que estarão se deslocando de São Paulo para Belo Horizonte, bem como distribuí-las nos ônibus, que serão numerados – de 1 a 45, do Palmeiras; e 1 a 40, do São Paulo.
Ficou também definido que cada torcida organizada poderá trazer 10 instrumentos casa uma. Houve um questionamento por parte de um torcedor do São Paulo, que achava que o número era pequeno, mas refutado pela PM, que sugeriu que os instrumentistas fiquem juntos, num só lugar, que estará reservado.
As torcidas poderão entrar com 20 bandeiras de cada time – estas devem estar identificadas com uma marca pregada ou costurada. As que estiverem com as marcas dos clube pregadas por durex serão apreendidas. Os mastros das bandeiras também deverão ter marcas fixas.
Cada torcida poderá entrar com uma faixa para ser afixada na arquibancada. Balões, desde que sejam enchidos por sopro, não terão limite, assim como as faixas de pulso. A Polícia Militar ainda analisa o pedido das torcidas para a utilização de bandeirões.
Tudo deverá ser fotografado e enviado à PMMG até segunda-feira (29/1). O que não estiver em poder da corporação e da coordenação do jogo será confiscado assim que as torcidas entrarem em Minas.
