FUTEBOL NACIONAL

Soco, vício em traição e violência psicológica: o BO contra Caio Paulista, do Palmeiras

A tatuadora Ana Clara Monteiro, de 21 anos, alega, segundo boletim de ocorrência, ter sido vítima de violência física e psicológica, cita sequestro e traições
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Ex-companheira do lateral-esquerdo Caio Paulista, do Palmeiras, a tatuadora Ana Clara Monteiro, de 21 anos, alega, segundo boletim de ocorrência, ter sido vítima de violência física e psicológica, cita sequestro e traições. As informações foram divulgada pelo UOL.

Quando iniciou o relacionamento. Ana Clara disse que Caio Paulista passou a demonstrar ciúmes excessivos e a proibiu de trabalhar na boate do Rio de Janeiro, onde se conheceram.

De acordo com a tatuadora, as primeiras agressões ocorreram na madrugada de 30 de setembro, quando o jogador supostamente chegou de madrugada bêbado em casa após trair a namorada.

Conforme o BO divulgado pelo UOL, Ana Clara “dizia ‘eu quero terminar! eu não aguento mais isso! não estou mais feliz’. Nesse momento, ele passou a agredi-la fisicamente, desferiu um chute no seu joelho e ela foi ao chão. Então ele passou a agredi-la com chutes na costela, coxa e pés”.

Ana Clara disse que se trancou no banheiro com medo do namorado. Com isso, Caio Paulista começou a chorar e pediu perdão. Ele foi para o treino e deixou a tatuadora trancada em casa. Quando retornou, o jogador convenceu a companheira de continuar o relacionamento. Ela diz ter sido “manipulada emocionalmente”.

Ana Clara afirma que Caio Paulista procurou ajuda psicológica do Fluminense por um suposto “vício em traições”. O relacionamento prosseguiu, e o casal se mudou para São Paulo em janeiro de 2023. Nesse momento, a tatuadora já estava grávida de Maria Clara, filha do casal.

Em 22 de outubro do ano passado, Ana Clara relata nova agressão. De acordo com ela, o jogador teria saído para visitar amigos, e ela viu uma foto do jogador com várias mulheres. Clara decidiu ir para balada “espairecer” e deixou a filha com a babá.

“Ele lhe enviou mensagem mandando que ela saísse do local, dizendo que se ele entrasse, seria pior. A declarante não tem mais as mensagens devido a um problema no seu celular. Quando ela saiu, por volta de 02:40 da manhã da madrugada do dia 22/10/23, ele a empurrou pelo cabelo [coque], mandando que ela entrasse no carro. A cunhada e o noivo estavam no veículo. Ela segurou na lateral do carro para não entrar, e ele a forçou, a empurrou e lhe desferiu um soco (um gancho) no rosto. A declarante acredita que tenha desmaiado”, diz trecho do boletim.

Caio Paulista, lateral-esquerdo do Palmeiras - (foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Caio Paulista, lateral-esquerdo do Palmeiras(foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Caio Paulista se desculpou e Ana Clara resolveu manter o relacionamento.

De acordo com relato da tatuadora, nova agressão ocorreu em 17 de fevereiro deste ano. Ambos foram a uma boate, Ana Clara tentou entrar no camarote para pegar uma cerveja. Eles começaram a discutir, e Caio acertou um soco na boca da namorada. Depois disso, ela resolveu se separar do jogador.

Versão de Caio Paulista

A defesa de Caio Paulista negou as acusações. “Estamos recebendo de forma voluntária diversos relatos que desmentem as versões de agressões e comprovam a inocência do Caio. Quando tivermos acesso ao depoimento que foi dado na Delegacia da Mulher, vamos nos posicionar publicamente. Aproveito para informar que estamos compartilhando todas essas informações com o Palmeiras, e que a advogada Sônia Canale segue defendendo o Caio no processo que corre em segredo de Justiça na Vara de Família”, afirmou a advogada Ana Beatriz Saguas, em nota enviada ao UOL.

Posição do Palmeiras

O Palmeiras emitiu uma nota se posicionando.

“A Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que, tão logo tomou conhecimento sobre a carta aberta publicada pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista em uma rede social, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião, ocorrida na noite de sábado. Questionado a respeito do relato e das imagens divulgados, Caio Paulista negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal. É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal. O Palmeiras seguirá acompanhando o caso com a devida atenção”.

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