FUTEBOL PAULISTA

Santos escapa de pagar R$ 500 mil a ex-companheiro de Endrick que virou entregador de pão

Ex-jogador de 20 anos jogou com Endrick na base do Palmeiras e cobrou indenização do Santos após lesão

O Santos venceu o ex-atacante Lucas Pássaro na Justiça e escapou de pagar uma indenização de R$ 500 mil. O ex-jogador de 20 anos atuava na base do Peixe, mas, após grave lesão no joelho, deixou o futebol e virou entregador de pão. A informação foi divulgada pelo colunista Diego Garcia, do Uol.

Ex-companheiro de Endrick na base do Palmeiras, Lucas Pássaro se transferiu ao Santos em 2019. Dois anos depois, o jovem atleta recebeu uma pancada em um treino no Peixe e, desde então, alega que “não foi mais o mesmo”.

O atacante passou por seguidos problemas no joelho. À Justiça, afirmou que foi forçado a treinar mesmo após diagnóstico de tendinite patelar e recomendação médica de redução no impacto.

Pássaro relatou que o Santos descumpriu as orientações e o submeteu a “cargas exageradas de fisioterapia”, além dos treinamentos e competições. Alegou, ainda, que as determinações do Peixe fizeram com que o quadro de lesão se agravasse. Meses depois do diagnóstico, ele foi dispensado da Vila Belmiro.

Ele relatou que não teve condições financeiras de prosseguir o treinamento e não teve oportunidade em outro clube. Assim, Pássaro passou a atuar como entregador de pão para se sustentar, mas seguiu sem recursos para o tratamento da lesão para que possa retornar a carreira de atleta.

No processo, ele o ex-companheiro de Endrick solicitou indenização por dano material, dano recorrente da perda de uma chance e o dano moral. Ele ainda reivindicava que o Santos pagasse o tratamento fisioterapêutico.

Defesa do Santos

O clube alegou que Pássaro não cumpriu corretamente as recomendações médicas, negou o agravamento do quadro médico em decorreência dos treinos e apontou prescrição do caso.

A Justiça, então, concluiu que o Santos não teve responsabilidade no episódio. Na decisão, o juiz Frederico dos Santos Messias, da 4ª Vara Cível de Santos, afirmou que o ex-jogador não conseguiu comprovar que os treinamentos do Santos agravaram a lesão.

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