O Estádio de São Januário, casa do Vasco, passará por modernização nos próximos anos. O projeto visa transformar o complexo esportivo em uma arena moderna, ampliando sua capacidade e mantendo a essência do local, que completa 100 anos em 2027.
Confira os detalhes sobre o custo, a capacidade e a duração das obras, além de onde o time jogará durante o período de reformas.
Quanto custará a reforma?
A reforma de São Januário está atualmente orçada em R$ 506 milhões. A principal fonte de financiamento para a obra será a venda do Potencial Construtivo do terreno do estádio.
O Vasco estima arrecadar mais de R$ 500 milhões com essa operação, que consiste na venda do direito de construir que o clube possui em seu terreno, permitindo que investidores utilizem esse potencial em outras áreas da cidade.
Qual será a capacidade do estádio?
A capacidade de São Januário será ampliada significativamente. O projeto prevê que o estádio passe a comportar entre 43 mil e 57 mil pessoas, dependendo de ajustes finais no projeto arquitetônico e estudos de viabilidade.
Um número frequentemente mencionado no projeto básico finalizado é de 47.383 lugares. A ideia é que o novo São Januário se torne uma arena multiuso, podendo receber até 67 mil espectadores em shows e eventos.
Quanto tempo durará as obras?
O prazo de execução da obra está previsto para ser de três anos (36 meses). A expectativa da gestão do Vasco é iniciar as intervenções no primeiro semestre de 2026.
Onde o Vasco jogará enquanto São Januário estiver fechado?
Quando São Januário estiver fechado, o Vasco mandará seus jogos em outros estádios do Rio de Janeiro, como o Maracanã ou o Estádio Nilton Santos (Engenhão), além de utilizar praças esportivas fora do estado em competições específicas, a depender do planejamento logístico e das negociações com os administradores desses locais.
Venda do Potencial Construtivo: o caminho do financiamento
O financiamento da reforma de São Januário está ligado à venda do Potencial Construtivo do estádio, um mecanismo regulamentado pela Prefeitura do Rio de Janeiro:
- Mecanismo: o Potencial Construtivo é o direito de construir em uma determinada área (metragem quadrada de construção). O Vasco, ao não utilizar todo o seu potencial de construção no terreno de São Januário, pode vender esse “direito” para que construtoras e incorporadoras o utilizem em outros terrenos da cidade, de acordo com o Plano Diretor do Rio.
- Arrecadação: o clube visa arrecadar mais de R$ 500 milhões com a venda, o que cobrirá o custo total da reforma.
- Situação atual: o Vasco já encaminhou a venda de cerca de 250 mil m² (aproximadamente 90% do total disponível) a uma empresa, a SOD Capital, por valores próximos a R$ 500 milhões.
- Próximos passos: o avanço da obra depende da conclusão desta negociação, que exige a finalização do Termo de Transferência do Potencial Construtivo junto à Prefeitura do Rio de Janeiro. A lei que autoriza a venda já está regulamentada, e 100% dos recursos arrecadados são legalmente destinados e fiscalizados para serem investidos exclusivamente na reforma do estádio e seu entorno, não podendo ser usados para dívidas ou salários.
- Início das obras: a expectativa é que, com a conclusão da venda e a chegada do recurso, as obras possam ser iniciadas no primeiro semestre de 2026.
Vasco poderá ter sexto maior estádio particular do Brasil
O Vasco deverá ter o sexto maior estádio particular do Brasil após a expansão de São Januário. A capacidade superaria a da Arena MRV, do Atléico, e ficaria abaixo da Neo Química Arena, do Corinthians.
- 67.052 – Morumbis – São Paulo
- 60.044 – Arruda – Santa Cruz
- 55.662 – Arena do Grêmio – Grêmio
- 50.848 – Beira Rio – Internacional
- 48.905 – Neo Química Arena – Corinthians
- 47.000 – São Januário – Vasco
- 44.892 – Arena MRV – Atlético
- 43.713 – Allianz Parque – Palmeiras
- 42.372 – Arena da Baixada – Athletico
- 40.502 – Couto Pereira – Coritiba
Infraestrutura atual
Hoje, São Januário está liberado para um público inferior a 22 mil pessoas. O espaço é incompatível com o tamanho da torcida do Vasco, que praticamente lota as dependências do estádio em quase todas as partidas do Brasileirão.
De acordo com o site Ranking CBF, o Cruz-maltino tem média de 21.814 torcedores na Série A. Todavia, o clube mandou alguns jogos em outros locias, casos do Maracanã (78 mil lugares), no Rio, e do Mané Garrincha (72 mil lugares), em Brasília.
